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Eletromagnetismo

No início do século XIX, a eletricidade corrente era uma descoberta recente. Vários pensadores associaram-na aos ímanes, mas isto era difícil de provar. Então, em 1820, o físico dinamarquês Hans Christian Ørsted descobriu que, se colocasse uma bússola perto de um fio condutor de eletricidade, a agulha magnética movia-se. Onde existia corrente elétrica, existia também uma força magnética.

A notícia sobre os resultados de Ørsted espalhou-se e outros tentaram fazer mais experiências com eletricidade e ímanes.

Em 1821, o físico inglês Michael Faraday fez uma agulha circundar um íman ao aplicar-lhe corrente elétrica. Em 1831, descobriu que conseguia fazer o inverso: produzir uma corrente elétrica movendo um íman através de uma bobina de arame.

Faraday sugeriu que a eletricidade e os ímanes tinham «campos» — zonas de força à volta de um fio elétrico ou de um íman, que se influenciavam uns aos outros — um campo elétrico em movimento produzia um campo magnético, e vice-versa.

Após a morte de Faraday, em 1867, o matemático escocês James Clerk Maxwell iniciou o estudo dos campos elétrico e magnético. Descobriu regras matemáticas para o seu comportamento e a influência que exerciam um sobre o outro. Descobriu que estavam intimamente relacionados nunca podendo existir um sem o outro — podiam ser considerados uma força única. A palavra «eletromagnético» foi usada para descrever este tipo de energia.

Na década de 1860, Faraday descobriu que a energia eletromagnética podia viajar sobre a forma de vibrações, ou ondas, que perturbavam o campo eletromagnético, como uma onda no mar agita a água. Maxwell chamou-lhe radiação eletromagnética.

Mais tarde, outros cientistas descobriram novos tipos de radiação eletromagnética, com ondas de diferentes comprimentos, como as ondas de rádio e os raios-X.

Claybourne, A. (2010). A história da ciência. Texto.

“If you wish to make an apple pie from scratch, you must first invent the universe.” – Carl Sagan