ERASMUS+ Ação-Chave 1
Abordagem multinível
Opção metodológica ajustada às potencialidades e dificuldades dos alunos, permitindo o acesso ao currículo com recurso a diferentes níveis de intervenção, através de medidas ajustadas a cada caso – universais, seletivas e adicionais.
Acomodações curriculares
Medidas de gestão curricular que permitem o acesso ao currículo e às atividades de aprendizagem na sala de aula através da diversificação e da combinação adequada de vários métodos e estratégias de ensino, da utilização de diferentes modalidades e instrumentos de avaliação, da adaptação de materiais e recursos educativos e da remoção de barreiras na organização do espaço e do equipamento, planeadas para responder aos diferentes estilos de aprendizagem de cada aluno.
Adaptações curriculares não significativas
Medidas de gestão curricular que não comprometem as aprendizagens previstas nos documentos curriculares, podendo incluir adaptações ao nível dos objetivos e dos conteúdos, através da alteração na sua priorização ou sequenciação, ou na introdução de objetivos específicos de nível intermédio que permitam atingir os objetivos globais e as aprendizagens essenciais.
Adaptações curriculares significativas
Medidas de gestão curricular que têm impacto nas aprendizagens previstas nos documentos curriculares, requerendo a introdução de outras aprendizagens substitutivas e estabelecendo objetivos globais ao nível dos conhecimentos a adquirir e das competências a desenvolver.
Aplicação informática
Programa que executa tarefas e assegura funcionalidades operativas.
Aprendizagem híbrida
Modalidade de educação que integra o melhor de dois mundos: o online e o offline. Combina diferentes presenças – físicas e digitais –, tempos – síncronos e assíncronos –, tecnologias – analógicas e digitais –, culturas – pré-digital e digital – e espaços e ambientes de aprendizagem.
Aprendizagem
Processo em que a pessoa, a partir do que já sabe e é capaz de fazer, constrói, organiza e relaciona novos sentidos sobre si própria e o mundo que a rodeia. Este processo resulta das experiências proporcionadas por contextos, por interações com os outros, com objetos e representações, que apoiam o desenvolvimento de todas as suas potencialidades intelectuais, físicas, emocionais e criativas. Na educação de infância, a aprendizagem está intimamente interligada com o desenvolvimento.
Aprendizagem significativa
Aprendizagem significativa é o conceito central da teoria da aprendizagem de David Ausubel. É um processo por meio do qual uma nova informação se relaciona com um aspeto relevante da estrutura de conhecimento do indivíduo, ou seja, os novos conhecimentos ancoram-se nos conhecimentos prévios que o aluno possui. Ausubel define este conhecimento prévio como “subsunçor”. Subsunçores são conceitos relevantes preexistentes na estrutura cognitiva.
Área curricular transversal
Área com objetivos e conteúdos que visam promover nos alunos competências, atitudes e valores integradores, úteis em todos os domínios do saber.
Aula invertida
Modalidade de blended learning que inverte a lógica de organização da sala de aula. Os alunos trabalham os conteúdos previamente, com recurso às tecnologias digitais, através de textos, jogos, vídeos ou outro conteúdo adicional. A tecnologia é o meio de acesso à informação, antes da aula, e o professor o mediador. O tempo presencial, em sala de aula, é posteriormente optimizado e dedicado a debates, esclarecimento de dúvidas e dinâmicas de grupo. O professor promove a realização de tarefas colaborativas e orienta projetos. Durante as atividades, esclarece dúvidas, aprofunda os temas e estimula o debate de ideias. A modalidade estimula uma maior interação entre professores e alunos, conduzindo a um melhor acompanhamento daqueles que apresentarem, em algum momento, dificuldades na aprendizagem.
Avaliação formativa
A avaliação para a aprendizagem transmite feedback de qualidade aos alunos, que os torna conscientes acerca do que têm de aprender, da situação em que se encontram e dos esforços que têm de fazer para alcançarem os objetivos. O seu propósito é orientar os alunos na autorregulação das suas aprendizagens e, simultaneamente, recolher informação que permita regular o ensino.
Barreiras à aprendizagem
Circunstâncias de natureza física, sensorial, cognitiva, socioemocional, organizacional ou logística resultantes da interação criança ou aluno e ambiente que constituem obstáculos à aprendizagem.
Bem-estar
Estado de conforto emocional da pessoa, que decorre da satisfação das suas necessidades, físicas, de afeto, de segurança, de reconhecimento e afirmação, de se sentir competente e de se sentir bem consigo própria, com os outros e com o mundo. Existe bem-estar quando as pessoas se sentem bem, agem espontaneamente, estão abertas ao mundo e disponíveis, exprimem tranquilidade interior e relaxamento, mostram vitalidade e autoconfiança, convivem bem com os seus sentimentos e emoções e têm prazer em viver.
Brainstorming
Técnica de dinâmica de grupo na qual os participantes apresentam espontaneamente as suas ideias sobre um tema. O objetivo é reunir o maior número possível de perspetivas, visões, propostas e possibilidades para resolver um determinado problema.
Burnout
Termo utilizado para definir uma síndrome associada a um estado de grande cansaço físico, mental e emocional. É uma resposta do organismo ao stress profissional prolongado, podendo originar vários sinais e sintomas, tais como dores localizadas e alterações de humor.
Checklist
Lista dos pontos precisos, sucessivos, a observar ou a executar na ordem em que estão registados. Estabelecida de antemão a partir da divisão cronológica de uma tarefa complexa, uma checklist permite estabelecer uma ordem nas operações, conferindo o que vai sendo executado.
Cidadania
A proposta curricular de Educação para a
Cidadania sugere um conceito de cidadania que remete para três
dimensões: (i) Cidadania enquanto princípio de legitimidade política;
(ii) Cidadania como construção identitária; e (iii) Cidadania como
conjunto de valores. As linhas orientadoras para o trabalho pedagógico
destacam o reconhecimento da importância das vivências democráticas
proporcionadas quer dentro da escola (relações de diálogo e respeito
mútuo, oportunidades de participação, ausência de discriminações...),
quer fora (visitas, intercâmbios, experiências de criação e de gestão de
associações, de voluntariado, participação em organismos democráticos).
A criança não é apenas um cidadão em potência, é já um cidadão que
apenas não dispõe de alguns direitos políticos e jurídicos. A Convenção
sobre os Direitos da Criança – à qual o Estado português está vinculado –
reconhece‐lhe essa cidadania e ainda, expressamente, o direito à
participação em matérias que lhe digam respeito.
Cidadania digital
Capacidade de pensar criticamente, atuar de maneira segura e participar responsavelmente no mundo digital. A cidadania digital engloba os direitos humanos considerados fundamentais à expressão, ao acesso à informação, à comunicação, à privacidade, à intimidade, etc., assim como o comportamento ético que devemos ter na Web.
Colaboração e Cooperação
Colaboração significa “trabalhar com”.
Trata-se de um trabalho de equipa que se estabelece em torno de um
projeto que nem sempre pertence a todo o grupo. Colabora-se muitas vezes
nos projetos dos outros, sem ter nem a iniciativa da sua gestão, nem do
seu desenvolvimento.
Cooperar significa “fazer obra em comum”, ou seja, construir em conjunto
uma obra coletiva. A cooperação exige um alto grau de confiança em si e
no outro. Implica continuamente uma resposta mútua. Exige a união de um
grupo de pessoas autónomas e responsáveis, levadas por um interesse
comum, explorando em conjunto as possibilidades inovadoras que permitem
responder a uma necessidade partilhada da qual a realização não é
possível ser feita por uma pessoa só.
Competência cultural do docente
Consiste na capacidade para acompanhar com sucesso o processo de aprendizagem de crianças e jovens respeitando a sua diversidade cultural; engloba o desenvolvimento de autoconsciência e sensibilidade pessoal e interpessoal, o aprofundamento de determinados conhecimentos culturais e o domínio de um conjunto de competências que, em conjunto, asseguram uma educação intercultural eficaz.
Competência intercultural
Combinação de atitudes, conhecimentos, compreensão e capacidades aplicadas através da ação que permitem a cada um, individualmente ou em conjunto com outros: compreender e respeitar as pessoas que são vistas como tendo afiliações culturais diferentes das suas; responder de maneira adequada, eficaz e respeitosa ao interagir e comunicar com essas pessoas; estabelecer relações positivas e construtivas com essas pessoas; compreender-se a si próprio e as suas afiliações culturais múltiplas através de encontros com a “diferença” cultural. Em contexto educativo, “aprender a viver em conjunto” não exige apenas o conhecimento do contexto sociocultural dos discentes, mas também o conhecimento e as competências para negociar com a alteridade e a diferença.
Competências
São combinações complexas de conhecimentos, capacidades e atitudes que permitem uma ação efetiva em contextos diversificados. As competências são de natureza cognitiva e metacognitiva, social e emocional, física e prática.
Competências socioemocionais
São capacidades, atributos e características individuais importantes para o sucesso académico, a empregabilidade, a cidadania ativa e o bem-estar. Abrangem disposições comportamentais, estados de espírito, formas de abordar tarefas e gestão e controlo dos comportamentos e dos sentimentos. As crenças sobre nós próprios e sobre o mundo, que caracterizam as relações de um indivíduo com os outros, fazem também parte das competências socioemocionais.
Convenção sobre os Direitos da Criança
A Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC) foi adotada pela Assembleia Geral da ONU a 20 de novembro de 1989. O documento enuncia um amplo conjunto de direitos fundamentais – os direitos civis e políticos, e também os direitos económicos, sociais e culturais – de todas as crianças, bem como as respetivas disposições para que sejam aplicados. A CDC é o tratado de direitos humanos internacionais mais amplamente ratificado de sempre.
Critérios de avaliação
Designam um quadro de referência para avaliar as aprendizagens dos alunos.
Cultura
Conjunto de características espirituais, materiais, intelectuais e emocionais distintivas de uma sociedade ou de um grupo social, englobando todos os modos de ser nessa sociedade ou grupo; no mínimo, incluindo arte e literatura, estilos de vida, modos de vida em conjunto, sistema de valores, tradições e crenças.
Currículo
O conceito de currículo é complexo, dinâmico e multifacetado. Tem uma dimensão global que se concretiza em disciplinas e incorpora as influências políticas, sociais, culturais do contexto em que se desenvolve.
Descritores de desempenho
Descrevem as capacidades que são esperadas dos alunos em diferentes etapas de escolarização e passíveis de serem aferidas através de instrumentos de avaliação. São elaborados a partir da associação entre os conteúdos curriculares e a sua mobilização, traduzidas nas capacidades expressas pelos alunos.
Desenho Universal para a Aprendizagem (DUA)
O DUA é uma abordagem curricular que assenta nos seguintes pressupostos:
Dialógico
Referente ao diálogo; em forma de diálogo.
Diálogo intercultural
Designa um processo de troca de ideias aberto e respeitador entre indivíduos e grupos com origens e tradições étnicas, culturais, religiosas e linguísticas diferentes, num espírito de compreensão e de respeito mútuos. A liberdade e a capacidade de expressão, assim como a vontade e a capacidade de ouvir o que os outros têm a dizer, são elementos indispensáveis do diálogo intercultural.
Diferenciação pedagógica
Tomar em consideração a diferença que existe entre todas as pessoas. É, para o trabalho educativo formal, uma oportunidade e uma riqueza poder contar com uma variedade grande de vivências, ideias, pontos de vista, interesses em qualquer grupo de trabalho, em qualquer comunidade de aprendizagem.
Discriminação racial
Entende-se por discriminação racial qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência em função da raça, cor de pele, ascendência, origem nacional ou étnica, que tenha por objetivo, ou produza como resultado, prejudicar, anular ou restringir o reconhecimento, fruição ou exercício, em condições de igualdade, de direitos, liberdades e garantias económicas, sociais e culturais.
Diversidade
Diferenças culturais, sociais, étnicas, religiosas, linguísticas, de género, cognitivas, motoras ou sensoriais que, ao serem acolhidas e respeitadas no grupo, enriquecem as experiências e oportunidades de aprendizagem de cada um e de todos.
Domínios de autonomia curricular (DAC)
Áreas de confluência de trabalho interdisciplinar e ou de articulação curricular, desenvolvidas a partir da matriz curricular-base de uma oferta educativa e formativa, tendo por referência os documentos curriculares, em resultado do exercício de autonomia e flexibilidade, sendo, para o efeito, convocados, total ou parcialmente, os tempos destinados a componentes de currículo, áreas disciplinares e disciplinas.
Educação intercultural
Processo formativo que visa desenvolver a capacidade de comunicar entre
pessoas de culturas diferentes e fomentar atitudes mais adaptadas ao
contexto da diversidade cultural nas sociedades modernas, promovendo uma
maior capacidade de participar na interação social, criadora de
identidades e de sentido de pertença comum à humanidade.
O objetivo da educação intercultural centra‐se no desenvolvimento das
capacidades de interação e comunicação num mundo em mudança, respeitando
as identidades, vivências, crenças, contextos e experiências de cada
indivíduo.
Ensino a distância
Modalidade educativa e formativa em que o processo de ensino e aprendizagem ocorre predominantemente com separação física entre os intervenientes, designadamente docentes e alunos.
Equidade
Processo que garante a igualdade de oportunidades a todas as pessoas e a cada uma e que se concretiza através da diferenciação: cada aluno importa e importa de igual modo.
Escola intercultural
Uma escola intercultural integra na sua organização e práticas medidas, programas e atividades que, afirmando não apenas o diferente mas também o comum, são geradoras de igualdade, liberdade e interação positiva na relação entre sujeitos individuais ou coletivos culturalmente distintos da sua comunidade educativa, com vista o sucesso educativo de todos.
Estereótipos
Categorizações ou representações simplificadas sobre grupos de pessoas,
geralmente sobre os seus comportamentos, hábitos ou valores.
Os estereótipos são formas de simplificar a realidade, generalizações
sobre expectativas que se têm relativamente a pessoas que pertencem ou
aparentam pertencer a determinados grupos.
Ética
Nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra ética é derivada do grego e significa aquilo que pertence ao caráter. A ética abrange uma vasta área, podendo ser aplicada à vertente profissional. Existem códigos de ética profissional, que indicam como um indivíduo se deve comportar no âmbito da sua profissão.
Evidência
Uma evidência é o volume de factos ou informação disponível que indica que uma determinada afirmação é verdadeira e válida.
Feedback
A sua finalidade pedagógica é fornecer informação relacionada com o processo de aprendizagem, a fim de melhorar o desempenho numa tarefa específica e/ou o entendimento de um determinado assunto. O feedback visa a redução das discrepâncias entre a compreensão e o desempenho, por um lado, e um objetivo de aprendizagem, por outro.
Inclusão
Todas as pessoas, independentemente do género, idade, etnicidade, língua, religião, opinião política, origem nacional ou social, devem ter acesso a uma educação de qualidade inclusiva e equitativa, bem como a oportunidades de aprendizagem ao longo da vida. Em educação, a inclusão consiste num processo contínuo de melhoria da aprendizagem e da participação de todos os alunos, respeitando a diversidade e minimizando qualquer tipo de barreira.
Integração
Processo de adaptação dos alunos a um contexto, atitudes e estruturas preexistentes.
Inteligência socioemocional
Refere-se à capacidade de reconhecer e avaliar os seus próprios sentimentos e os dos outros. Num ambiente escolar, inclui ser capaz de comunicar ideias e intenções, trabalhar em grupo ou controlar impulsos. Os alunos devem de ser encorajados a partilhar as suas opiniões, a ter consciência das suas reações emocionais e a perceber a linguagem corporal dos outros. Estas capacidades são transversais.
Intercultural
O paradigma da educação intercultural evidencia a importância da interação e do diálogo entre as culturas como ferramentas de aprendizagem mútua, de reciprocidade e de troca, numa lógica baseada não apenas no respeito pelas identidades, mas também na procura de compreensão mútua e da convivência pacífica. No contexto escolar, a educação intercultural está integrada em todas as disciplinas e é vivida no quotidiano da escola, nos seus serviços, nas normas e recursos. Encoraja a curiosidade e empatia sobre o outro, normaliza a diferença, promove o espírito crítico através da integração de outras perspetivas e do questionamento das narrativas dominantes.
Interculturalidade
Segundo a UNESCO (2005), “interculturalidade” refere-se à existência e interação equitativa de diversas culturas, assim como à possibilidade de geração de expressões culturais compartilhadas por meio do diálogo e respeito mútuo. No contexto educacional, a interculturalidade afeta ambos o “Outro” e o “Eu”.
Jigsaw
Dinâmica de trabalho em grupo que consiste em, num dado momento do desenvolvimento das atividades, alguns elementos do grupo passarem pelas outras equipas, para dar e receber ideias, voltando depois aos seus grupos iniciais. Trata-se de uma técnica de aprendizagem colaborativa.
Programa antibullying desenvolvido pela Universidade de Turku, na Finlândia, financiado pelo Ministério da Educação e Cultura do país. Baseia-se em evidências, o que significa que a sua eficácia está cientificamente comprovada, oferecendo um vasto conjunto de ferramentas e materiais para as escolas enfrentarem casos de bullying.
Literacia digital
Refere-se ao conhecimento, capacidades e atitudes necessárias à utilização ativa, segura e crítica das tecnologias digitais e dos meios digitais para uma diversidade de fins, como o trabalho, o lazer, a aprendizagem e a comunicação. A literacia digital inclui a capacidade de usar competentemente a tecnologia, de interpretar e compreender conteúdos digitais e de avaliar a sua credibilidade, de criar, pesquisar e comunicar com ferramentas adequadas, de pensar criticamente sobre as oportunidades e desafios éticos do mundo digital e de tomar opções seguras, responsáveis e respeitosas em linha.
Literacia mediática
Capacidade de aceder, analisar, avaliar e criar mensagens mediáticas online e offline, numa variedade de formas, desde livros, através da rádio e da televisão, para a internet, jogos de vídeo e telemóveis. Embora não exista uma definição de literacia mediática universalmente aceite, os indivíduos mediaticamente literatos são normalmente descritos em termos das competências de que necessitam para participar ativa e criticamente numa sociedade mediatizada.
Matrizes curriculares-base
Conjunto de componentes de currículo, áreas disciplinares e disciplinas, que integram os planos curriculares de âmbito nacional, por ciclo e ano de escolaridade ou por ciclo de formação, bem como a carga horária prevista para cada um deles, que serve de suporte ao desenvolvimento do currículo concretizado nos instrumentos de planeamento curricular, ao nível da escola e da turma ou grupo de alunos.
Mediação
O termo mediação deriva do latim mediare, que significa medir, intervir ou colocar-se no meio. Num contexto escolar, pressupõe intervir de modo pacífico e imparcial na resolução de conflitos.
Migrante
Qualquer pessoa que se mude ou se desloque através de uma fronteira internacional ou dentro de um Estado longe do seu local habitual de residência, independentemente do estatuto legal da pessoa; do movimento ser voluntário ou involuntário; das causas do movimento; ou da duração da sua estadia. Deste modo, podem ser imigrantes, requerentes ou beneficiários de proteção internacional ou temporária. A pessoa de origem migrante pode ser migrante recém-chegada, de primeira geração, de segunda geração ou de regresso ao seu país de cidadania.
MOOC - Massive Open Online Course
Modelo de cursos online que permite distribuir conteúdos de aprendizagem a qualquer pessoa que queira realizar um curso, sem limite no número de participantes, podendo assumir uma dimensão global envolvendo pessoas de qualquer parte do mundo.
Multicultural
O termo descreve a natureza culturalmente diversa da sociedade humana. Não se refere unicamente aos elementos étnicos ou à cultura nacional, mas também inclui a diversidade linguística, religiosa e socioeconómica
PEA
Sempre que um aluno do ensino básico frequentar as aulas apenas durante um período letivo, por falta de assiduidade motivada por doença prolongada ou impedimento legal devidamente comprovados, fica sujeito à realização de uma prova extraordinária de avaliação (PEA) em cada disciplina, exceto naquelas em que realizar, no 9.º ano, prova final. Cabe aos departamentos curriculares, de acordo com as orientações do conselho pedagógico da escola, estabelecer a modalidade que deve assumir, tendo em conta a natureza e especificidade de cada disciplina (cf. Portaria n.º 223-A/2018).
PEI
O Programa Educativo Individual é concebido para cada aluno, resultante de uma planificação centrada na sua pessoa, em que se identificam as medidas de suporte à aprendizagem que promovem o acesso e a participação em contextos inclusivos.
Plataforma educativa
Espaço virtual na internet que permite integrar todos os materiais a atividades de um curso ou de uma disciplina, desde a atribuição de tarefas aos alunos e sua receção à implementação de mecanismos de feedback e avaliação das aprendizagens.
PLNM
O Português Língua Não Materna (PLNM) constitui uma componente do currículo que visa o desenvolvimento de competências essenciais para uma inclusão plena nas atividades escolares, por alunos cuja língua materna não é o português. As aprendizagens do PLNM estão orientadas para a aquisição da língua portuguesa nas múltiplas competências inerentes a esse processo e para a integração social/escolar dos alunos.
Preconceito
Um preconceito é um julgamento, normalmente negativo, que se faz sobre outra pessoa ou grupos de pessoas sem a/os conhecer. Os preconceitos, à semelhança dos estereótipos, surgem como resultado do processo de socialização. Contudo, tendem a ser mais difíceis de ultrapassar pois são como um filtro através do qual se vê a realidade. É comum que, quando se tem acesso a informação sobre uma pessoa ou um grupo de pessoas que contrarie o seu preconceito, em vez de eliminar esse preconceito, se processe a parte da informação que confirma o preconceito e desvalorize a informação que o contradiz. Por este motivo, os preconceitos são difíceis de eliminar. Os estereótipos e preconceitos estão ao nível do pensamento. Quando influenciam os comportamentos ou atitudes, ou seja, a ação perante o outro, provocam situações de discriminação ou intolerância.
Projeto educativo
Instrumento global de gestão e orientação pedagógica da organização educativa que, tendo em conta o seu contexto e situação, prevê os modos de melhorar o seu funcionamento e eficácia, promovendo a aprendizagem de todos os alunos, apoiando o desenvolvimento profissional de docentes e não docentes, respondendo às características da comunidade.
Protocolo de aprendizagem
Um protocolo é uma sequência de instruções – normalmente apresentadas de uma forma simples, numa ou duas páginas – usada para estruturar experiências de aprendizagem, de modo a assegurar uma gestão eficiente e produtiva do tempo durante um trabalho realizado em colaboração.
Prova de equivalência à frequência
Prova realizada para conclusão de um ciclo de ensino pelos alunos autopropostos, incluindo os alunos que se encontram na modalidade de ensino individual ou de ensino doméstico.
RIPA
Relatórios individuais do aluno das provas de aferição.
RTP
O Relatório Técnico-Pedagógico é o documento que fundamenta a mobilização de medidas seletivas e ou adicionais de suporte à aprendizagem e à inclusão.
Rubrica
Instrumento de avaliação que mede a consecução das aprendizagens, através de um conjunto coeso de critérios. Consiste numa escala que descreve diferentes níveis de desempenho em cada uma das dimensões de uma tarefa, explicitando, de modo claro e oportuno, o que se espera dos alunos. Possibilita transmitir um feedback ágil e de fácil compreensão, especialmente se for analisada com os alunos antes da realização da tarefa, comunicando-lhes, de forma clara, as expetativas de aprendizagem e os resultados esperados.
SEL
Sigla de «Social and Emotional Learning» (Aprendizagem Socioemocional), uma parte integrante da educação e do desenvolvimento humano. É o processo através do qual cada aluno desenvolve a capacidade de integrar o pensamento, a emoção e o comportamento para concretizar tarefas sociais relevantes.
SELFIE
Sigla de «Self-reflection on Effective Learning by Fostering the use of Innovative Educational technologies». É uma ferramenta gratuita concebida para ajudar as escolas a incorporar as tecnologias digitais no ensino, na aprendizagem e na avaliação. Recolhe, de forma anónima, opiniões sobre a forma como as tecnologias são utilizadas na escola. Com base no input, a ferramenta gera um relatório, ou uma imagem, dos pontos fortes e fracos da escola em termos de utilização das tecnologias.
TeamUp
Ferramenta que permite formar grupos com base em competências e interesses ou aleatoriamente, assim como proceder à gravação de reflexões sobre o trabalho em curso por parte de cada grupo que integra a turma.
Trabalho interdisciplinar
Interseção curricular, que estabelece uma articulação entre as aprendizagens de várias disciplinas, abordadas de forma integrada, privilegiando uma visão globalizante dos saberes.
“He who knows all the answers has not been asked all the questions.” – Confucius