Jornal Escolar AE Muralhas do Minho | 2023-2024
Direitos da criança na comunidade
Rosa Ribeiro, CPCJ | 14-05-2024
A Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC) enuncia um amplo conjunto de direitos fundamentais – civis e políticos, e também os económicos, sociais e culturais – de todas as crianças.
Os trabalhos realizados por crianças dos jardins de infância e escolas do 1.º ciclo de Valença, sobre o tema “Os direitos das crianças e das famílias”, no âmbito do Mês da Prevenção dos Maus Tratos na Infância, estão expostos na Biblioteca Municipal.
Enquadrada no Plano de Ação 2024 da CPCJ, a atividade foi proposta a todos os JI e EB1 de Valença. Ao longo do mês de abril, foram efetuados os trabalhos e, no dia 29, foi montada a exposição, que será possível visitar até ao dia 20 de maio. O objetivo foi trabalhar, com as crianças, os direitos que lhes assistem.
A partir do dia 20, a exposição estará patente na biblioteca da escola sede.
Como ensinar as crianças a resolver os seus próprios conflitos
Biblioteca Escolar | 29-02-2024
Fortalecer a capacidade dos mais jovens para avaliarem os seus problemas e considerarem as soluções mais adequadas conduz a uma melhor e menos impulsiva resolução de conflitos.
Existem três capacidades que ajudam as crianças a resolver os seus problemas desde cedo: independência, autoconfiança e resiliência.
Neste artigo, apresentamos seis estratégias que ensinam a criança a autorregular-se.
1. Incentive as crianças a refletir sobre o tamanho do problema
Converse sobre o tipo de problemas que o seu filho enfrenta e compare com ele a dimensão do problema usando exemplos da vida real, desde não conseguir fazer os trabalhos de casa até à doença de um familiar próximo. Este tipo de exercício ajuda a refletir sobre o tipo de reação que cada criança tem ao enfrentar um determinado conflito.
2. Permita que os seus filhos cometam erros
Fracassos são acontecimentos centrais na vida de qualquer pessoa. Por isso, em vez de proteger totalmente os filhos, é importante deixá-los experimentar, errar e começar a compreender que a vida também é feita de frustrações.
Pergunte-lhes o que aprenderam sobre uma situação em particular e se, depois de a terem vivido, fariam algo de diferente. É importante lembrar que quando as crianças falham e, em seguida, são bem-sucedidas após algumas tentativas, criam resiliência. Aprendem também que nem todas as situações são fáceis de resolver.
3. Dialogue sempre
A comunicação é a base para qualquer relação. Por isso, mostre-se aberto para receber o que seus filhos têm a dizer e peça-lhes que façam o mesmo. Ao conversar com eles, será capaz de entender os seus medos e preocupações, e isso ajudá-los-á a fazer melhores escolhas e tomar decisões mais apropriadas à medida que crescem.
Mostre, também, os diferentes modos de lidar com os problemas e caminhos que podem ser escolhidos para amenizar as consequências de um desentendimento com um colega, uma nota baixa num teste, um descontentamento com o primo, entre outras situações.
4. Interfira o mínimo possível
Para que a criança aprenda a resolver problemas, é importante que tome as decisões sozinha. O ideal, portanto, é que interfira o mínimo possível no processo.
O que deve fazer é apenas instruí-la. Não precisa de lhe dar uma resposta pronta ou dizer o que a criança precisa de fazer. É precisamente nesse momento de conflito que a criança deve encontrar a resposta por si mesma.
Deve apenas guiar-lhe o pensamento, deixando que ela própria tome a decisão e perceba o que pode ser feito.
5. Trabalhe desde cedo as soft skills
Comunicação, trabalho em equipa, criatividade e adaptabilidade. Este tipo de capacidades comportamentais estão relacionadas com o modo como uma pessoa lida com o outro e consigo própria em diferentes situações. Ao interiolizá-las, as crianças desenvolvem o equilíbrio emocional e uma maior disponibilidade para resolverem os problemas através do diálogo.
6. Comemore o sucesso
Todos estes conselhos são importantes para fazer com que a criança crie mais autonomia na resolução dos seus conflitos, mas não se esqueça que é fundamental comemorar com ela quando um conflito é resolvido com sucesso. Isso vai deixá-la mais confiante e com a sensação de que os seus esforços estão a ser valorizados.
Crianças e jovens respondem ao questionário ‘Tenho Voto na Matéria’
Biblioteca Escolar | 21-11-2023
A iniciativa “Tenho Voto na Matéria” procura saber a opinião das crianças e dos jovens sobre o que mais os preocupa atualmente.
Entre 23 de outubro e 11 de novembro de 2023, 11.834 crianças e jovens responderam ao questionário “Tenho Voto na Matéria”, da UNICEF Portugal. A saúde mental, a discriminação, a internet e as redes sociais são as suas principais preocupações.
Os dados revelam que 71% das crianças afirmam que os adultos nunca ou raramente lhes perguntam a sua opinião. O ambiente surge como uma prioridade para as crianças e jovens, com 42% a indicarem o cuidado com o ambiente como o principal aspeto a melhorar nas suas comunidades.
Três liberdades fundamentais que devem ser exercidas pelas crianças
Rosa Ribeiro, CPCJ | 20-11-2023
Liberdade de expressão
A criança tem o direito de exprimir os seus pontos de vista, obter
informações, dar a conhecer ideias e informações, sem considerações de
fronteiras.
O direito à liberdade de expressão compreende a liberdade de procurar,
receber e expandir informações e ideias de toda a espécie, sem
consideração de fronteiras, sob forma oral, escrita, impressa ou
artística ou por qualquer outro meio à escolha da criança.
Liberdade de pensamento, consciência e religião
O Estado respeita o direito da criança à liberdade de pensamento, de consciência e de religião.
Liberdade de associação
As crianças têm o direito de se reunir e de aderir ou formar associações.
O Estado reconhece os direitos da criança à liberdade de associação e à
liberdade de reunião pacífica.
Dia Europeu da Proteção das Crianças contra a Exploração Sexual
Rosa Ribeiro, CPCJ | 13-11-2023
A exploração sexual e o abuso sexual de crianças constituem uma violação séria dos direitos das crianças e têm um efeito duradouro e consequências prejudiciais para a vida inteira.
A decisão de dedicar o dia 18 de novembro à proteção das crianças contra a exploração sexual e abuso sexual resulta da campanha do Conselho da Europa “One in five”, associada a um estudo que revelou que uma em cada cinco crianças na Europa é vítima de alguma forma de violência ou exploração sexual.
Livro Branco sobre a Participação da Criança em Portugal
Biblioteca Escolar | 23-10-2023
A 15 de junho de 2023, foi lançado, pela CPCJ, o Livro Branco sobre a Participação da Criança em Portugal. O livro teve origem no projeto internacional CP4Europe, em que Portugal participou, financiado pelo Conselho da Europa e pela União Europeia, e fala sobre um assunto muito importante: o direito de todas as crianças a participar. Este direito é-te reconhecido pela Convenção dos Direitos da Criança das Nações Unidas e, na prática, quer dizer que as crianças têm o direito a serem ouvidas pelos adultos e a terem as suas opiniões respeitadas e tidas em conta quando os adultos tomam decisões.
O Livro Branco foi produzido em duas versões: uma versão institucional, em português e em inglês, e uma versão bilingue português-inglês amiga da criança.
Livro Branco (versão amiga da criança bilingue)
“There’s no place like home.” – The Wizard of Oz, L. Frank Baum