Jornal Escolar | Ano Letivo 2022/2023
“À conversa com Nuno Maulide”
Atividade PAA
Despertar o interesse dos nossos alunos para a ciência é um dos principais objetivos da atividade “À conversa com Nuno Maulide”, programada pelo grupo disciplinar de Física e Química para o dia 20 de março.
Nuno Maulide, nascido em Lisboa em 1979, é professor premiado e diretor do Instituto de Química Orgânica da Universidade de Viena. Foi eleito Cientista do Ano em 2018.
Autor das obras Como Desvendar o Quebra-Cabeças da Origem da Vida e Como se Transforma Ar em Pão, o cientista dá resposta a muitas questões do nosso dia-a-dia, desmistificando a Química e ajudando-nos a perceber que “a Química é uma ciência sobre nós próprios e o universo que nos rodeia”.
O grupo disciplinar convida as turmas do 9.º B, 10.º A, 10.º B, 10.º D, 11.º A e 11.º B a participarem na conversa por videoconferência no auditório da escola sede.
Convidam-se igualmente os restantes docentes e alunos, do 3.º ciclo e ensino secundário, a assistirem à atividade em contexto de sala de aula, através do link de acesso que será enviado posteriormente, via email institucional.
Para saber mais sobre o autor: Técnico
Dia Nacional da Cultura Científica
Atividade PAA
Ensinar é tornar as coisas mais comuns do mundo em objetos de contemplação e reflexão. Precisamos de transformar tudo o que nos rodeia, tudo o que é estranho – e, no entanto, parte da nossa realidade – num desejo real de compreender.” – Rómulo de Carvalho
A 24 de novembro de 1906 nascia, em Lisboa, Rómulo Vasco da Gama de Carvalho. Para muitos mais conhecido por António Gedeão, o poeta de “Pedra Filosofal”. Ainda assim, poder-lhe-íamos atribuir outros papéis: investigador, pedagogo, historiador em ciências, fotógrafo, escritor, pintor, ilustrador, mas acima de tudo, e como gostava de se apresentar, Professor!
Em 1996, o então Ministro da Ciência e Tecnologia, Mariano Gago, em sua homenagem, por tudo e tanto o que fez pela Ciência em Portugal, e por se tratar de um homem ímpar da ciência nacional, resolveu instituir o dia 24 de novembro como o Dia Nacional da Cultura Científica.
Também no nosso Agrupamento quisemos assinalar esta data. Não só como homenagem ao grande homem que já referimos, mas também com o intuito de homenagear tantos homens e mulheres que muito contribuíram para o desenvolvimento da Ciência e do Conhecimento, em Portugal e no Mundo. Assim, o grupo disciplinar de Física e Química, em articulação com o grupo disciplinar de Eletrotecnia, propôs a dinamização de diversas atividades para os diferentes anos de escolaridade do ensino básico e ensino secundário.
A comemoração dessa data não podia deixar de começar com a atividade que mais emociona qualquer cientista português, a declamação de poemas de António Gedeão em todas as turmas da escola sede, desde o 5.º ao 12.º ano. Foram selecionados vários poemas, de acordo com as temáticas e o público-alvo.
Além disso, durante dois dias, 24 e 25 de novembro, foi possível visitar várias exposições dinamizadas pelos alunos do 3.º ciclo e do ensino secundário sobre as mais diversas temáticas relacionadas com os conteúdos curriculares abordados nas disciplinas de Físico-Química, Física e Química, Física e Eletrónica Fundamental; visitar a exposição cedida pela Universidade do Minho, intitulada “Chemistry Anywhere”; participar na exposição interativa “Paisagens, espécies, histórias” promovida pela CIM Alto através do projeto ReCriArte: Alto Minho Sustentável por Natureza; aprender fazendo com o Workshop “Reciclagem do plástico”, proporcionado pela SkillRobotics e o projeto Brinca@ciência; ouvir os Professores Daniela Falcão e Rui Moura, da Universidade do Porto, que presentearam os nossos alunos do ensino secundário com duas interessantes palestras, respetivamente, “Hidrogénio, o vetor energético do futuro” e “Lua, Universo, exploração espacial”. Foram ainda visionados, na Biblioteca Escolar, filmes de interesse científico, e uma pequena exposição de LEGO sobre a exploração espacial, cedida pela Comunidade 0937 e Caixa do Brinquedo de Paredes de Coura.
Os alunos foram convidados a deixar a sua opinião sobre Ciência no mural “O que é a Ciência?”. Com a parceria do Clube Ciência na Escola foi também possível, em colaboração com o Centro Ciência Viva de Braga e a Casa da Ciência de Braga, oferecer aos alunos a aventura de viajarem pelas maravilhas do espaço, através de sessões no planetário móvel, que “aterrou” no polivalente da escola sede.
Grupos disciplinares 510 e 540
A misteriosa Floresta Torta
Literacia científica
No nosso planeta, podemos encontrar florestas impressionantes e enigmáticas que, por muitos séculos, foram tema de histórias ou lendas conhecidas.
Existe uma misteriosa floresta em que as árvores assumem formas muito estranhas. Parece ficção, mas a floresta que vês na imagem é real e ainda ninguém conseguiu desvendar o mistério da sua origem.
Onde fica?
Localiza-se na Europa, a noroeste da Polónia, muito perto da fronteira com a Alemanha, a poucos quilómetros da cidade de Gryfino, especificamente ao redor do rio Oder. Conhecida na região como Krzywy Las, tornou-se muito popular nos últimos anos pelas formas estranhas que as suas árvores assumem, curvas que apontam na mesma direção.
Como é?
É uma grande floresta, constituída por um pinhal que se estende por cerca de 67.000 m². As árvores são caracterizadas pela forma em “J” e pela grande semelhança entre todas elas, dando origem a uma infinidade de teorias para explicar a sua origem, algumas delas muito peculiares. Curiosamente, esta estranha curvatura aponta sempre para norte, no entanto os topos dos pinheiros são completamente normais.
Algumas teorias
Como é habitual nestas situações, surgiram vários mitos e teorias que tentam explicar a origem da floresta retorcida. Os mais absurdos defendem que é obra de alienígenas ou da passagem de tanques durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto outros dizem que pode ser devido à força gravitacional que existe neste ponto da Terra.
Há também quem acredite que as curvaturas dos pinheiros se devem a certos eventos meteorológicos que as árvores experimentam nos seus primeiros anos de vida, especificamente ventos fortes e fortes nevascas.
Analisando as teorias mais científicas dos últimos anos, alguns especialistas falam de uma possível mutação genética que explicaria a forma em “J” da floresta retorcida. Outros sugerem que pode ser devido a um fungo da espécie Melampsora pinitorqua, que causa deformações nos brotos dos pinheiros mais jovens embora, normalmente, as torções que causa não sejam tão pronunciadas quanto as desta floresta.
Atualmente, a hipótese mais aceite é a da “manipulação humana”. Diz-se que, na década de 1930, os agricultores locais manipularam, com cordas e outros mecanismos de força, o crescimento das árvores após o plantio, para fazer móveis a partir das formas curvas.
Embora a opção de manipulação humana seja a mais plausível, esta teoria apresenta um ponto fraco. Não pode ser confirmada pelos seguintes factos:
A Polónia foi invadida pela Alemanha a 1 de setembro de 1939, utilizando uma força avançada de mais de 2.000 tanques, apoiados por quase 900 bombardeiros e cerca de 400 aviões de combate. Rapidamente romperam as defesas polacas na zona fronteiriça e avançaram sobre a capital polaca, Varsóvia, realizando um grande cerco à volta da cidade que acabou por se render a 27 de setembro de 1939.
Durante a Segunda Guerra Mundial, o projeto de produção de móveis a partir das formas curvas das árvores foi abandonado, porque a região de Gryfino, onde se situa a floresta torta, ficou devastada.
Infelizmente, na região, também não houve sobreviventes que pudessem corroborar o facto de os pinheiros terem sido manipulados com o objetivo de se produzirem móveis, por isso é impossível confirmar a teoria.
O que é certo é que a singularidade da floresta retorcida lhe valeu o estatuto de Monumento Natural.
O permafrost
Geologia
O permafrost é todo o terreno que tenha permanecido congelado durante pelo menos dois anos. É formado por terra, rochas e sedimentos fundidos pelo gelo num todo.
Devido à necessidade de baixas temperaturas para se formar, é um fenómeno que ocorre em climas frios, em zonas onde a temperatura é inferior a 0 graus Celsius.
A sua profundidade varia entre alguns centímetros e várias centenas de metros. Está recoberto por uma camada de terra que vai até à superfície e que, no verão, descongela, chamada camada ativa. Para atingir essas dimensões são precisos milhares de anos. Ou seja, o permafrost irá aumentando gradualmente de tamanho a cada ano, controlado pelo calor que vem do interior da Terra e da atmosfera.
A maioria do permafrost encontra-se no hemisfério norte – Sibéria, Tibete, Groenlândia, Alasca, entre outras regiões – e ocupa cerca de 23 milhões de quilómetros quadrados, segundo o National Snow and Ice Data Center (NSIDC). Porém, também se localiza no hemisfério sul, nos Andes, Alpes do Sul ou Ilhas Geórgia, por exemplo.
Grande parte do permafrost existente na atualidade formou-se durante e a partir da Idade do Gelo, há cerca de 60 milhões de anos atrás, durante o Período Pleistoceno, na Era Cenozoica. No início, terá acumulado quantidades enormes de metano e carbono vindos da matéria orgânica decomposta no seu interior. Segundo fontes, o carbono preso no permafrost é quase o dobro do que está contido na atmosfera.
Causas do degelo
O aquecimento global é a principal causa do degelo do permafrost. A situação tem-se provado pior do que se pensava. Pesquisas recentes estudaram o degelo na Sibéria e no Canadá, e descobriram que, em relação às pesquisas anteriores, o degelo naquelas regiões aumentou para 20%.
O permafrost funciona como um grande reservatório de metano e dióxido de carbono, que são gases de efeito de estufa (GEE). Em quantidades maiores que as consideradas normais, provocam um aumento da temperatura e um degelo mais rápido.
Outras causas para o aumento do efeito de estufa são as atividades humanas relacionadas com a indústria e a agricultura, e a desflorestação.
Consequências do degelo
Soluções
Repórteres: Inês Carmo, Ísis Páris, Leonor Saraiva, 10.º A
A extinção dos dinossauros
Geologia
Ainda não existe uma resposta definitiva quanto à extinção dos dinossauros, e sim várias teorias, sendo a mais aceite a colisão de um meteoro, que causou:
A Terra teria sido coberta por uma nuvem bastante densa, impedindo a passagem de raios solares.
Enquanto isso, no cinturão de asteróides:
De volta para a Terra:
Dias após a colisão:
Autoria: Anna Valentina, Débora Alves, Érica Rodrigues, Lara Barreiro, 10.º A
“Global warming isn’t a prediction. It is happening.” – James Hansen