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A Páginas Tantas

Como contribuíram os tentilhões para a teoria da evolução natural?

Em 1835, o biólogo inglês Charles Darwin chegou às Ilhas Galápagos, um arquipélago isolado no oceano Pacífico. Interessavam-lhe as tartarugas gigantes, as iguanas e sobretudo as aves. Ali se encontram, de facto, treze espécies diferentes de tentilhões* – pronto, não se trata exatamente de tentilhões, mas isso agora não tem importância.

Treze espécies de uma determinada ave, num arquipélago minúsculo, é muitíssimo! Uma delas parte as sementes com o seu grande bico, outra utiliza espinhos de catos para extrair as larvas, outra come insetos.

Bastante tempo depois, Darwin pensou que, no início, só existia uma espécie, chegada da América do Sul. Os tentilhões multiplicaram-se e adaptaram-se ao que encontravam em cada ilha. Foi assim que evoluíram em forma de novas espécies.

O biólogo inspirou-se no facto para escrever A origem das espécies através da seleção natural, um livro publicado em 1859. Mais tarde, desenvolveu esta teoria em A descendência do homem e A expressão das emoções no homem e nos animais.

Ainda hoje alguns rejeitam as teorias de Darwin. Verdadeiro ou falso?

Verdadeiro. Apesar da acumulação de provas, os “criacionistas” negam-se a admitir que os seres vivos evoluíram sem cessar desde há três mil milhões de anos. As suas razões? A leitura literal da Bíblia, segundo a qual Deus criou a Terra, o Sol, os animais e o homem em seis dias, há uns seis mil anos.

Facto curioso

Depois de fazer um estudo cuidado da Bíblia e de outras fontes históricas, o arcebispo James Ussher, da Igreja Irlandesa, concluiu, num pesado volume a que chamou Annals of the Old Testament, que a Terra tinha sido criada no dia 23 de outubro de 4004 a.C., ao meio-dia.

*O tentilhão-comum (Fringilla coelebs) é um pássaro de pequeno porte, com cerca de 15 cm, sedentário, de coloração bastante viva e de canto suave.

Mais respostas às perguntas que nunca te fizeste, Philippe Nessmann.

“It is not that I’m so smart. But I stay with the questions much longer.” – Albert Einstein