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A Páginas Tantas

A viúva e o papagaio

Virginia Woolf

Há cerca de cinquenta anos, a senhora Gage, uma viúva já idosa, estava sentada no jardim de sua casa, num povoado chamado Spilsby, no Yorkshire. Apesar de coxear e de ver já bastante mal, esforçava-se por arranjar um par de botas, pois mantinha-se com apenas alguns xelins por semana. Na altura em que martelava as botas, o carteiro abriu a porta e lançou-lhe uma carta para o colo.

Tinha o remetente “Srs. Stagg e Beetle, 67 High Street, Lewes, Sussex”.

“Querida Senhora
Temos o dever de informá-la da morte do seu irmão Joseph Brand.”

— Meu Deus! — exclamou a senhora Gage. — O meu irmão mais velho, Joseph, acaba de morrer!

“Deixou-lhe todos os seus bens”, continuava a carta, “que consistem numa casa, um estábulo, caixotes com pepinos, escoadores, carrinhos de mão, etc., etc., na aldeia de Rodmell, perto de Lewes. Lega-lhe também a totalidade da sua fortuna, isto é, três mil libras esterlinas.”

A senhora Gage quase caía de alegria na lareira. Não via o irmão há muitos anos e como ele nem sequer respondia aos postais que lhe enviava todos os anos pelo Natal, pensou que, como era muito sovina desde criança, não queria sequer gastar um centavo em selos. Mas agora tudo seria diferente para ela. Com três mil libras, já para não falar da casa e de tudo o resto, ela e a sua família poderiam viver com grande luxo o resto dos seus dias.

Decidiu ir imediatamente a Rodmell.

O clérigo do povoado, o reverendo Samuel Tallboys, emprestou-lhe duas libras e dez xelins para o bilhete e no dia seguinte concluíra já todos os preparativos para a viagem. O mais importante era a necessidade de alguém cuidar do seu cão, Shag, durante a sua ausência, pois, apesar da sua pobreza, dedicava a vida aos animais e preferia passar privações a regatear um osso ao seu cão.

Chegou a Lewes numa terça-feira à noite. Naquela época, é preciso dizê-lo, não havia uma ponte para atravessar o rio em Southease, nem sequer se tinha construído a estrada de Newhaven. Para chegar a Rodmell era necessário atravessar o rio Ouse por um vau de que ainda subsistiam vestígios, mas só era possível com a maré baixa, quando as pedras do leito do rio afloravam à superfície. O senhor Stacey, o agricultor, ia na carroça a caminho de Rodmell e ofereceu-se amavelmente para levar a senhora Gage. Chegaram a Rodmell pelas nove horas, numa noite de novembro, e o senhor Stacey indicou cortesmente à senhora Gage a casa situada no extremo do povoado que o irmão lhe deixara. A senhora Gage bateu à porta. Não obteve resposta. Voltou a bater. Uma voz muito estranha e aguda respondeu: “Não estou em casa!” A senhora Gage ficou tão surpreendida que, se não tivesse escutado passos que se aproximavam, teria desatado a correr. O caso é que uma senhora idosa da aldeia, chamada Ford, abriu a porta.

— Quem é que gritou “Não estou em casa”? — perguntou a senhora Gage.

— O palerma do pássaro! — disse a senhora Ford muito aborrecida, apontando para um papagaio grande e cinzento. — Quase me rebenta a cabeça com os seus gritos. Passa o dia no poleiro como uma estátua e sempre que nos aproximamos dele grita “Não estou em casa”.

Era um pássaro muito bonito, segundo pôde observar a senhora Gage, pena que tivesse as penas pouco tratadas.

— Se calhar está triste ou tem fome — comentou. Mas a senhora Ford disse que simplesmente tinha mau génio. Pertencera a um marinheiro e tinha aprendido a falar no Oriente. Contudo, acrescentou, o senhor Joseph gostava muito dele e chamava-lhe James; explicou-lhe que falava com ele como se fosse um ser racional. A senhora Ford não tardou a ir-se embora. A senhora Gage pegou num pouco de açúcar que levava consigo e ofereceu-o ao papagaio, dizendo-lhe num tom muito suave que não ia fazer-lhe nenhum mal, que era a irmã do seu velho dono, que vinha tomar posse da casa e que faria o que fosse possível para o tornar tão feliz quanto pode ser um pássaro. Em seguida, pegou numa candeia e percorreu a casa para ver que tipo de propriedade o irmão lhe deixara. Teve uma amarga deceção. Os tapetes estavam cheios de buracos, as cadeiras sem fundos e as ratazanas corriam em volta do fogão. No soalho da cozinha cresciam enormes cogumelos. Não havia um único móvel que valesse duas patacas; e a senhora Gage só se alegrou ao pensar nas três mil libras, guardadas a bom recato, no banco de Lewes.

Decidiu que no dia seguinte visitaria, em Lewes, os advogados Stagg e Beetle para reclamar o seu dinheiro e que regressaria a casa o mais depressa possível. O senhor Stacey, que ia para o mercado com os esplêndidos porcos de Berkshire, ofereceu-se de novo para a levar e contou-lhe terríveis histórias de jovens que se afogaram quando tentavam atravessar o rio com a maré alta.

Uma grande deceção aguardava a pobre mulher no escritório do senhor Stagg.

— Sente-se, por favor — disse, com ar muito solene e um ligeiro grunhido. — O facto é — continuou — que deve preparar-se para ouvir uma notícia muito desagradável. Depois de ter enviado a minha carta, examinei conscienciosamente os documentos do senhor Brand. Lamento dizer-lhe que não encontrei sequer rastro das três mil libras. O senhor Beetle, o meu sócio, foi pessoalmente a Rodmell e inspecionou a casa com o maior dos cuidados. Não encontrou absolutamente nada... Nem ouro, nem prata, nem objetos de valor... nada exceto um papagaio cinzento que a aconselho a vender pelo que lhe oferecerem. Benjamin Beetle garante que o animal diz coisas muito estranhas. Mas não há mais nada. Receio muito que tenha feito a viagem em vão. Os bens foram delapidados e, é claro, os nossos honorários são muito elevados.

Nesta altura, deteve-se e a senhora Gage compreendeu que era o momento de ir embora. Sentia-se terrivelmente dececionada. Não só tinha que devolver ao reverendo Samuel Tallboys as duas libras e dez xelins que ele lhe emprestara, como além disso regressaria a casa de mãos vazias, e seria obrigada a vender o papagaio para pagar o bilhete. O senhor Stagg nada fez para a reter, apesar de chover com força, mas a senhora Gage estava demasiado aflita para se preocupar com o que fazia. Sem reparar na chuva, seguiu pelos prados a caminho de Rodmell.

A senhora Gage, como já se disse, coxeava da perna direita. Em boas condições caminhava muito devagar, e agora, com a deceção que trazia e a lama das margens do rio, só com muita dificuldade conseguia avançar. Enquanto se arrastava com muito esforço, o dia tornava-se cada vez mais escuro e era difícil não se afastar do caminho que seguia junto ao rio. Caminhava resmungando e queixando-se da astúcia do irmão, que a tinha metido naquela embrulhada “de propósito”, disse, “para me atormentar”. “Sempre foi cruel quando éramos pequenos”, continuou, “gostava de torturar pequenos insetos, e uma vez cortou uma lagarta com umas tesouras diante dos meus próprios olhos. Além disso, era um sovina de primeira. Escondia as suas poupanças numa árvore e, se alguém lhe oferecia uma fatia de bolo ao chá, ele guardava a cobertura de açúcar para o jantar. Tenho a certeza de que se está a consumir no fogo do Inferno. Mas de que me serve isso a mim?”, perguntou; servia-lhe realmente de muito pouco, pois chocou com uma vaca que se lhe atravessou no caminho e caiu a rebolar pela lama.

Levantou-se como pôde e continuou a avançar com dificuldade. Era como se caminhasse já há muitas horas. Tudo estava negro como breu e não via um palmo à sua frente. Recordou-se imediatamente das palavras do agricultor Stacey sobre o vau. “Meu Deus!”, disse para si, “como hei de conseguir encontrar o caminho? Se a maré estiver alta, afogar-me-ei nas águas profundas e a corrente arrastar-me-á até ao mar sem ter tempo de dizer ámen! Já aqui se afogaram muitas pessoas; para não falar dos cavalos, carroças, rebanhos de gado e fardos de feno.”

A verdade é que se encontrava em grandes apuros, entre a escuridão e a lama.

Não podia fazer mais do que sentar-se e esperar até que amanhecesse. Mas na sua idade, com o seu reumatismo, poderia muito bem morrer de frio. Por outro lado, se tentasse cruzar o rio, era quase certo que se afogaria. A sua situação era de tal modo desesperada que trocaria a sua vida pela de qualquer uma das vacas do campo. Não havia mulher mais desgraçada em todo o condado de Sussex; de pé, na margem do rio, não sabia se se devia sentar, nadar ou simplesmente estender-se na erva, apesar da humidade, e dormir ou congelar-se até morrer, conforme os desígnios do seu destino.

Foi então que algo de maravilhoso aconteceu. Uma enorme luz iluminou o céu como uma gigantesca tocha, tornando visível até o mais pequeno pedaço de erva e mostrando-lhe o vau a pouco menos de vinte metros. A maré estava baixa e atravessar o rio seria tarefa fácil, se a luz não desaparecesse antes de o conseguir.

— Deve ser um cometa ou algum prodígio semelhante — disse para si mesma, enquanto avançava mancando. Rodmell estendia-se diante dos seus olhos intensamente iluminado.

— Deus nos valha! — exclamou. — Há uma casa em chamas. Louvado seja o Senhor!

Calculou que a casa demoraria pelo menos alguns minutos a arder e que então já estaria a caminho do povoado.

— É um mau ar que não pode trazer nada de bom para ninguém — murmurava, coxeando pela calçada romana.

Via perfeitamente o caminho e já quase tinha chegado à rua principal do povoado quando lhe ocorreu um pensamento: — E se fosse a minha própria casa a transformar-se em cinza diante dos meus olhos?

Acertara.

Um menino em pijama aproximava-se saltando e gritando:

— Veja como arde a casa do Joseph Brand!

Os vizinhos formavam um círculo em volta da casa, passando uns aos outros baldes de água, que tinham enchido no poço de Monk’s House, e lançando-os sobre as chamas; mas o incêndio havia adquirido grandes proporções e, precisamente quando a senhora Gage chegava, o telhado desmoronou-se.

— Alguém salvou o papagaio? — gritou.

— Dê graças por não ter estado lá dentro, senhora — respondeu o reverendo James Hawkesford. — Não se preocupe com esse estúpido bicho. Estou certo de que o papagaio morreu piedosamente asfixiado no seu poleiro.

Mas a senhora Gage estava decidida a comprovar pessoalmente que assim fora. As gentes do povoado, que pensavam que devia estar louca para arriscar a vida por um pássaro, tiveram de impedir que o fizesse.

— Pobre mulher — disse a senhora Ford. — Perdeu tudo, menos uma caixa de madeira com os seus bens pessoais. Também nós enlouqueceríamos numa tal situação.

Dito isto, a senhora Ford segurou a senhora Gage pela mão e levou-a para sua casa para passar a noite. O incêndio estava extinto e todos foram para a cama.

A pobre senhora Gage não conseguia dormir. Não parava de dar voltas sobre voltas e pensar na sua triste situação, perguntando-se como voltaria ao Yorkshire e como pagaria ao reverendo Samuel Tallboys o dinheiro que este lhe havia emprestado. Sentia-se ainda mais preocupada quando pensava na sorte do pobre papagaio James. Já se lhe tinha afeiçoado e pensava que o animal devia ter bom coração para lamentar tanto a morte do velho Joseph Brand, que nunca se havia mostrado carinhoso com nenhum ser humano. Era uma terrível morte para um pássaro inocente; e pensou que se tivesse chegado a tempo, teria arriscado a vida para o salvar.

Estava na cama, sumida nesses pensamentos, quando um toque na janela a sobressaltou. O ruído repetiu-se três vezes. A senhora Gage saiu da cama o mais depressa que pôde e aproximou-se da janela. Ali, para sua surpresa, sentado no parapeito, havia um enorme papagaio. A chuva cessara e estava uma formosa noite de luar. De início, assustou-se muito, mas depois reconheceu o papagaio cinzento, James, e a alegria embargou-a ao ver que o animal se tinha salvado. Abriu a janela, acenou a cabeça várias vezes e disse-lhe que entrasse. O papagaio respondeu movendo suavemente a cabeça de um lado para o outro, voou até ao chão, avançou uns passos, voltou-se para ver se a senhora Gage o seguia e regressou ao parapeito, onde ela o observava muda de espanto.

“Os animais atuam com muito mais sentido do que nós pensamos”, refletiu.

— Muito bem, James — disse em voz alta, falando-lhe como se fosse um ser humano. — Vou acreditar na tua palavra. Espera um momento para que me arranje um pouco. — Pôs um grande avental, desceu as escadas sem fazer ruído e saiu sem despertar a senhora Ford.

O papagaio parecia satisfeito. Avançava aos saltos uns metros à sua frente, em direção à casa em ruínas. A senhora Gage esforçava-se por o acompanhar. O papagaio parecia conhecer perfeitamente o caminho e dirigiu-se para as traseiras da casa, onde antes ficava a cozinha.

Nada restava dela, exceto o chão de ladrilhos ainda empapados pela água que tinham atirado para apagar o fogo. A senhora Gage permaneceu imóvel, cheia de assombro, enquanto James andava de um lado para o outro, experimentando os ladrilhos com o bico. A situação era muito estranha e, se não se desse o caso de a senhora Gage estar habituada a viver com animais, muito provavelmente teria perdido a paciência e voltado para casa a coxear. Mas o mais estanho ainda estava por acontecer. Até esse momento o papagaio não dissera uma única palavra. De repente, ficou num estado de grande excitação, começou a bater as asas e a debicar o chão, gritando “Não estou em casa! Não estou em casa!” com tal força que a senhora Gage receou que despertasse todo o povoado.

— Não fiques assim, James. Vais aleijar-te — disse com suavidade. Mas o papagaio repetiu o ataque contra os ladrilhos ainda com maior violência que antes.

— Que quererá dizer-me? — perguntou a senhora Gage olhando atentamente o chão da cozinha. A lua iluminava-o bastante, para deixar ver uma enorme irregularidade na disposição dos ladrilhos, como se alguém os tivesse retirado e voltado a colocar sem os ter acertado devidamente. Tinha segurado o avental com um grande alfinete e usou-o para passar entre os ladrilhos; comprovou então que não estavam fixos. Não demorou muito em erguer um deles. O papagaio saltou para o ladrilho contíguo, golpeou-o com o bico e gritou “Não estou em casa!”. A senhora Gage concluiu que deveria retirá-lo. E assim continuaram, levantando ladrilhos à luz da lua, até que abriram um espaço de um metro e meio por um metro. Para o papagaio isso pareceu suficiente. Mas que devia ela fazer a seguir?

A senhora Gage descansou e decidiu deixar-se guiar pelo pássaro, que não lhe permitiu descansar muito tempo. Depois de rebuscar entre a areia durante alguns minutos, como a galinha esgravata a terra com as patas, o papagaio desenterrou qualquer coisa que à primeira vista parecia um pedaço de pedra amarelada. Foi tal a sua excitação que a senhora Gage correu em sua ajuda. Descobriu com grande surpresa que todo o espaço que tinham aberto estava repleto de pedras amarelas, dispostas em filas, tão bem colocadas juntas umas das outras que era difícil movê-las. O que seria e porque as teriam escondido ali? Só quando levantaram a primeira camada e um pedaço de oleado que havia por baixo, é que uma visão milagrosa surgiu diante dos seus olhos: ali, belamente polidas e brilhantes à luz da lua, havia milhares de moedas de ouro!

Era esse o esconderijo escolhido pelo avarento, que havia tomado precauções extraordinárias para se assegurar de que ninguém o descobriria. Primeiro, como comprovaria mais tarde, havia construído um fogão sobre o lugar onde jazia oculto o seu tesouro, de modo que, a não ser que o fogo destruísse a casa, ninguém poderia saber da sua existência; depois cobrira a camada superior das moedas com uma substância pegajosa, e tinha-as esfregado na terra para que, se por acaso se descobrisse alguma, a tomassem por um calhau, como os que se encontram em qualquer jardim. Desse modo, só a extraordinária coincidência do incêndio e da sagacidade do papagaio é que conseguiram derrotar a astúcia do velho Joseph.

A senhora Gage e o papagaio trabalharam duramente até desenterrar todo o tesouro, que constava de três mil peças, nem mais nem menos, que depositaram sobre o avental estendido no chão. Quando colocaram a moeda número três mil no cimo do montículo, o papagaio esvoaçou triunfante e pousou suavemente na cabeça da senhora Gage. Foi desse modo que voltaram a casa da senhora Ford, com um passo muito lento, pois, como já se disse, a senhora Gage coxeava, e o peso do avental fazia-a curvar-se quase até ao chão; mas chegou até ao seu quarto sem que alguém se apercebesse da sua visita à casa em ruínas.

No dia seguinte, regressou ao Yorkshire. O senhor Stacey levou-a de novo até Lewes e ficou muito surpreendido ao verificar como estava pesada a caixa da senhora Gage. Mas era um homem discreto e limitou-se a pensar que a boa gente de Rodmell lhe oferecera algumas coisas, para a consolar da terrível perda da sua propriedade devido ao incêndio. Por pura bondade, o senhor Stacey ofereceu-se para lhe comprar o papagaio por meia coroa, mas a senhora Gage recusou a oferta muito indignada e disse que não venderia aquele papagaio nem por toda a riqueza das Índias — o que levou o senhor Stacey a pensar que a senhora enlouquecera por causa dos seus problemas.

Só falta acrescentar que a senhora Gage regressou a Spilsby sã e salva. Levou a sua caixa ao banco e viveu com o papagaio James e o cão Shag com grande largueza e felicidade até uma idade muito avançada.

Quando se encontrava no seu leito de morte, contou toda a história ao clérigo (o filho do reverendo Samuel Tallboys), acrescentando que estava totalmente certa de que a casa tinha sido incendiada de propósito pelo papagaio James, o qual, consciente do perigo que ela corria na margem do rio, voou até à cozinha e entornou o fogareiro de azeite, que mantinha aquecidas as sobras do jantar. Assim, não só a salvara de morrer afogada, como revelou o esconderijo das três mil libras, que de outro modo teria sido impossível de encontrar. Tal é a recompensa, disse ela, que uma pessoa obtém por ser boa com os animais.

O clérigo pensou que ela estava a perder o juízo, mas a verdade é que no preciso instante em que a respiração abandonava o corpo da senhora Gage, o papagaio James gritou: “Não estou em casa!” e caiu do seu poleiro instantaneamente morto. O cão, Shag, morrera uns anos antes.

“The noblest pleasure is the joy of understanding.” – Leonardo da Vinci