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Os sons de Marte
Uma playlist com cinco horas recolhidas pelo robô Perseverance, da NASA, é mais do que música. Os sons captados em Marte confirmam que os de alta frequência viajam mais rápido neste planeta – um caso único.
Desde que o robô Perseverance aterrou em Marte, os dois microfones que tem incorporados gravaram horas e horas de áudio. Estas gravações não mostram apenas o que se ouve, mas também permitem perceber a variabilidade da atmosfera do planeta, com mudanças rápidas do silêncio para rajadas de vento velozes. O Perseverance confirmou ainda que os sons de alta frequência (como assobios ou zumbidos de mosquitos) viajam mais rápido do que os de baixa frequência.
Depois de mais de um ano de gravações em solo marciano, a equipa reduziu os sons recolhidos a uma playlist. Na maior parte do tempo, Marte é bastante calmo e silencioso. Os sons, para um emissor similar, são 20 decibéis mais baixos do que na Terra e há poucos barulhos naturais além do vento.
O som do vento em Marte
Viagem | 16-02-2024
O regresso à Terra levaria cerca de dois anos.
A humanidade ainda está longe do dia em que o primeiro ser humano pisará o solo marciano. Há ainda muitos obstáculos a vencer para conseguir levar pessoas a Marte e, sobretudo, para trazê-las de volta à Terra.
No regresso, o primeiro problema é o combustível – por questões de espaço e peso, não é possível acoplar um “supertanque” à nave. Há duas soluções: enviar o combustível numa viagem anterior ou produzi-lo com recursos de Marte, usando o dióxido de carbono da atmosfera numa reação com hidrogénio levado da Terra para criar oxigénio e metanol.
Com combustível, o módulo espacial que desceu ao solo marciano precisa de se acoplar à nave que ficará em órbita do planeta. O desafio é fazer a manobra sem causar danos à nave. A solução é simples: basta o piloto do módulo ter perícia. Este é considerado o menor dos problemas. O acoplamento é um procedimento padrão em viagens espaciais.
O terceiro obstáculo é a nave conseguir impulso suficiente para voltar. Como a maior parte da viagem espacial é feita em inércia, com os motores desligados, a velocidade da nave viria da gravidade de Marte – uma volta na órbita do planeta aceleraria a nave. Mas como Marte só tem 38% da gravidade da Terra, a velocidade proporcionada seria muito menor. Ou seja, o regresso duraria cerca de dois anos, duas vezes mais do que a ida.
Uma temporada prolongada no espaço exige muitos mantimentos, gera níveis de stresse elevados e problemas físicos imprevisíveis. Além de depressão, tédio e ansiedade, uma expedição a Marte oferece também outro risco, ainda não experimentado por nenhum viajante interplanetário: o earth out of view (“falta de visão da Terra”). Os astronautas vão experimentar uma sensação de abandono e solidão, agravada pela desfasamento de até 44 minutos na comunicação com a base. Uma possível solução é apurar a sua preparação física e psicológica.
Na chegada à Terra, há um novo desafio: a reentrada. A velocidade da nave estará próxima dos 43 mil km/h e a probabilidade de se incendiar no atrito com os gases da atmosfera é enorme. A solução é criar ligas metálicas capazes de resistir a temperaturas mais altas. É um enorme desafio: com os materiais disponíveis hoje, a ESA só garante uma reentrada segura à velocidade máxima de 27 mil km/h.
Estima-se que só em 2070 iremos dispor de tecnologia para ultrapassar estas dificuldades.
Imagem: Commuting on Mars by Vittorio Bonapace
Marte | 30-10-2023
A queda de um meteorito em Marte permitiu registar, pela primeira vez, ondas sísmicas a atravessar o núcleo do planeta.
O impacto de um meteorito em Marte, na região onde está a sonda InSight da NASA, provocou ondas sísmicas do outro lado do planeta, dando novas pistas sobre o interior profundo do “planeta vermelho” e motivando uma reavaliação da sua anatomia.
Os novos dados sísmicos indicam a presença de uma camada até agora desconhecida de rocha derretida em torno de um núcleo metálico líquido – o componente mais interno do planeta. O núcleo é menor e mais denso do que o previsto anteriormente, explicam os cientistas cujas descobertas foram publicadas na revista Nature.
As ondas criadas por sismos – incluindo as que são provocadas por impactos de meteoritos – variam na sua velocidade e forma quando viajam através de diferentes materiais no interior de um planeta. O instrumento sismógrafo da sonda InSight permitiu observar o que acontecia.
O comportamento das ondas sísmicas indica a presença, à volta do núcleo, de uma camada de silicato derretido com cerca de 150 quilómetros de espessura. Esta região fica na parte inferior do interior do planeta – o manto, uma camada rochosa entremeada pela crosta externa e o núcleo, que começa cerca de 1700 quilómetros abaixo da superfície.
O núcleo de Marte é composto por ferro, níquel e por elementos mais leves, como enxofre, oxigénio, carbono e hidrogénio. Os cientistas concluem que estes elementos mais leves constituirão entre 9% e 15% do núcleo em peso – um valor inferior ao que se estimava anteriormente.
Marte, o quarto planeta a contar do Sol, tem um diâmetro de cerca de 6791 quilómetros, quase metade do diâmetro da Terra. Em volume, a Terra é quase sete vezes maior e, ao contrário do “planeta vermelho”, não tem uma camada derretida ao redor do seu núcleo.
Exploração de Marte
A sonda Curiosity colocou um problema aos engenheiros aeroespaciais: como fazer poisar uma sonda de grandes dimensões em Marte evitando que o combustível do propulsor entrasse em contacto com o solo? Vê o vídeo para descobrires a solução engenhosa que foi encontrada.
Fonte: TED Ed
Descoberto planeta extrassolar semelhante a Marte e Mercúrio
Planetas extrassolares | 02-12-2021
Para a equipa que conduziu a investigação, o GJ 367b pode eventualmente ter planetas parceiros habitáveis, isto é, com condições para ter água líquida à superfície.
Astrónomos descobriram um planeta fora do Sistema Solar que orbita a sua estrela em apenas oito horas, tem quase o tamanho de Marte e metade da massa da Terra e possivelmente o interior semelhante a Mercúrio.
O planeta tem a designação de GJ 367b, orbita uma anã vermelha que está a 31 anos-luz do Sol e é considerado um dos planetas mais leves, indica em comunicado o Instituto de Tecnologia de Massachusetts, nos Estados Unidos, que participou na investigação feita a partir de observações com o “caçador” de planetas extrassolares TESS, um telescópio espacial operado pela agência norte-americana NASA.
Segundo a equipa de astrónomos, trata-se de um planeta rochoso que “provavelmente contém um núcleo sólido de ferro e níquel, semelhante ao interior de Mercúrio”, o planeta mais próximo do Sol.
Devido à “extrema proximidade” com a sua estrela, o planeta receberá dela 500 vezes mais radiação do que a Terra recebe do Sol.
A temperatura à superfície do GJ 367b pode chegar aos 1.500ºC, levando à evaporação de qualquer atmosfera substancial e ao desaparecimento de possíveis sinais de vida tal como se conhece. Contudo, de acordo com os astrónomos, apesar de o GJ 367b não estar na chamada “zona habitável” da estrela, em condições de ter água líquida à sua superfície, orbita uma anã vermelha, um tipo de estrela que normalmente “hospeda” vários planetas. Pode, portanto, ter planetas “parceiros habitáveis”, isto é, com condições para ter água líquida à superfície.
Asteroide recebe nome de astrofísico português
Astrofísica | 26-06-2021
O astrofísico português Nuno Peixinho dá nome a um asteroide que tem pouco mais de 10 quilómetros de diâmetro, descoberto em 1998.
Anteriormente designado (40210) 1998 SL56, o asteroide passou a chamar-se (40210) Peixinho, por decisão do Grupo de Trabalho para a Nomenclatura de Pequenos Corpos, da União Astronómica Internacional (UAI).
Descoberto em 16 de setembro de 1998, numa campanha de observações do Observatório de Lowell, nos Estados Unidos, o asteroide Peixinho pertence à Cintura de Asteroides, entre as órbitas de Marte e Júpiter, e orbita o Sol a uma distância média três vezes superior à que separa o Sol e a Terra, completando uma órbita em cerca de 5,3 anos.
Nuno Peixinho, astrofísico da Universidade de Coimbra, é o único português de uma extensa lista de nomes de cientistas que foram atribuídos em junho a pequenos corpos celestes pela UAI. O asteroide Peixinho “é o tipo de asteroide que, se viesse em direção à Terra, poderia causar um evento de extinção em massa”, assinala em comunicado o Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).
Segundo o IA, existem cerca de um milhão de pequenos corpos do Sistema Solar catalogados, mas só 22.505 têm nome.
Pequenos corpos do Sistema Solar “é a designação genérica para asteroides, corpos gelados (como cometas e objetos transneptunianos) e satélites destes”. Inicialmente, um destes corpos “recebe uma designação provisória de acordo com uma fórmula bem definida que envolve o ano da descoberta, duas letras e, se necessário, outros algarismos”.
Depois, “quando a sua órbita se encontra suficientemente bem determinada, o corpo recebe uma designação permanente, que consiste em acrescentar um número à designação provisória”. Por fim, sob proposta dos autores da descoberta do pequeno corpo celeste, é-lhe atribuído um nome.
Testa a tua compreensão da notícia.
Verifica se conheces o significado das palavras.
Tempestades solares e internet
As ejeções a partir da coroa solar são comuns e, normalmente, não têm grande impacto na Terra. A preocupação, neste momento, é que se espera que a atividade solar aumente até meados de 2025 , como parte do ciclo de 11 anos, e se formem tempestades mais fortes.
As tempestades solares não constituem um perigo direto para a vida na Terra, devido à proteção da atmosfera, nem mesmo para os astronautas instalados na Estação Espacial Internacional, mas podem provocar prejuízos consideráveis.
Uma tempestade solar como a que atingiu a Terra em 1859 poderia causar, no pior dos cenários, danos significativos no abastecimento de eletricidade e nas comunicações, incluindo a internet, algo que não constituía um problema na altura, quando o telégrafo foi a principal vítima.
Mesmo que seja possível recuperar o fornecimento de energia em horas ou dias, a internet poderá continuar em baixo por muito mais tempo, prevê Sangeetha Abdu Jyothi, investigador na Universidade da Califórnia, de acordo com um estudo apresentado na conferência SigComm, dedicada à comunicação de dados.
O investigador aponta algumas razões: a maior parte das infraestruturas está situada no hemisfério norte, mais sujeito ao impacto da atividade solar, e os cabos submarinos, por serem muito mais longos que os terrestres, são mais vulneráveis.
A fusão a laser quase que tocou as estrelas
Energia | 14-09-2021
Imitar na Terra o que acontece no interior de uma estrela – a fusão nuclear – é um sonho de décadas. A fusão nuclear utilizando lasers, uma das abordagens para tentar forçar os núcleos de átomos leves a juntarem-se, é um método para obter uma forma de energia praticamente limpa e inesgotável. O feito é da Instalação Nacional de Ignição (NIF), no Laboratório Nacional Lawrence Livermore (LLNL), na Califórnia, que anunciou o avanço no trabalho de investigação para alcançar a fusão a laser.
As reações de fusão nuclear são diferentes das que ocorrem nas centrais nucleares convencionais. Aqui, a energia resulta da fissão (ou cisão) dos átomos de elementos pesados, como urânio ou plutónio. O núcleo desses átomos é partido e daí resultam outros átomos mais leves e a libertação de energia, bem como resíduos que são radioativos durante milhares de anos. Na fusão nuclear, pelo contrário, procura-se juntar no laboratório os núcleos de dois átomos leves, como deutério e trítio, originando um elemento mais pesado, o hélio. A radioatividade resultante ronda os 50 anos.
Na experiência no LLNL, em agosto de 2021, utilizando um laser gigantesco, as reações de fusão nuclear libertaram 1,3 megajoules de energia. O que significa que se alcançou cerca de 70% dos 1,9 megajoules injetados pelo laser gigante. Para que este método se torne viável na geração de energia, terá de se ultrapassar os 100% de eficiência.
Observada pela primeira vez luz por detrás de um buraco negro
Buracos Negros | 28-07-2021
Buraco negro está situado no centro de uma galáxia a 800 milhões de anos-luz de distância da Terra.
A observação direta da luz por detrás de um buraco negro, através da deteção de pequenos sinais luminosos de raios X, era um cenário previsto pela teoria da relatividade geral de Albert Einstein, mas nunca tinha sido confirmada.
Um buraco negro é um corpo do Universo tão denso que a luz que nele entra não pode sair. Mas durante a observação de raios X, lançados para o Universo por um buraco negro supermaciço, situado no centro de uma galáxia a 800 milhões de anos-luz da Terra, o astrofísico Dan Wilkins, da Universidade de Standford, nos Estados Unidos, identificou um padrão intrigante: sinais luminosos de raios X que eram mais pequenos e tardios. De acordo com a teoria, estes ecos luminosos eram consistentes com os raios X refletidos atrás do buraco negro.
A deteção da luz foi possível porque o buraco negro deforma o espaço, dobrando a luz e torcendo os campos magnéticos em seu redor.
O buraco negro em causa tem dez milhões de vezes a massa do Sol e está situado no centro de uma galáxia espiral chamada I Zwicky 1.
De Marte para… o Instagram!
Existem duas sondas em Marte, Curiosity e Opportunity, que publicam fotos no Instagram.
As duas sondas estão a explorar áreas diferentes em Marte. Enquanto a Curiosity explora a área de Gale, a Opportunity analisa a região de Elysium Planitia.
A NASA já lançou várias sondas a Marte, das quais se destacam:
1. Spirit (Espírito) – Pousou com sucesso em Marte em 3 de janeiro de 2004, na grande e intrigante cratera Gusev. Continuou a realizar as suas tarefas até 22 de março de 2010, quando a comunicação foi interrompida.
2. Opportunity (Oportunidade) – Pousou em Marte em 25 de janeiro de 2004 no Meridiani Planum, três semanas depois do robô Spirit.
Infelizmente, em fevereiro de 2019, houve uma tempestade de areia que impediu os raios solares de chegar até ela, o que fez com que as baterias acabassem. A NASA tentou ressuscitá-la durante semanas, mas foi em vão.
Um ano após a perda de contacto com a Opportunity, os astrónomos relembraram a última foto produzida pelo equipamento de exploração, numa ocasião em que a Opportunity enfrentava uma grande tempestade de areia. Os técnicos da NASA afirmam que a imagem está escura porque a luz solar foi bloqueada pela poeira. A foto também está cortada porque o equipamento sofreu uma falha de energia antes de completar a transmissão das informações para a Terra.
3. Curiosity (Curiosidade) – Pousou na região Aeolis Palus, localizada no interior de Gale, em Marte, no dia 6 de agosto de 2012. Em março de 2022 ainda permanecia ativa e já encontrou condições favoráveis à vida de seres microscópicos.
4. InSight (Conhecimento) – Foi lançada no dia 5 de maio de 2018 e aterrou em Marte a 26 de novembro de 2018, em Elysium Planitia. A InSight tinha por missão fazer análises geológicas em Marte. Enviou a sua última imagem em dezembro de 2022.
Imagem: NASA Science: Mars Exploration Program
João Carlos Campos Ferreira
Um pôr do sol em Marte
Este pôr do sol em Marte foi captado pelo robô Perseverance, através da sua câmara Mastcam-Z, a 9 de novembro de 2021, no 257.º dia da sua missão.
Os pores do sol marcianos têm uma cor azul distintiva. A poeira fina na atmosfera permite que a entrada da luz azul seja mais fácil do que a das cores com um maior comprimento de onda. Mas este pôr do sol parece diferente: menos poeira na atmosfera resulta numa cor mais ténue do que é normal.
Para saber mais: Mastcam-Z’s First Martian Sunset
Oxigénio produzido em Marte
Marte | 22-04-2021
Um instrumento a bordo do robô Perseverance, da NASA, conseguiu extrair oxigénio a partir de dióxido de carbono da fina atmosfera de Marte. Tudo aconteceu no pequeno instrumento experimental Mars Oxygen In-Situ Resource Utilization Experiment (MOXIE), anunciou a NASA em comunicado. Por agora, nesta primeira experiência foram produzidos cinco gramas de oxigénio – o equivalente a cerca de dez minutos de respiração para um astronauta.
Cometa interestelar visita sistema solar
Cometas | 30-03-2021
É o segundo visitante recente de outro sistema solar a aventurar-se até ao território governado pelo nosso Sol e, entre os cometas formados à volta de outras estrelas, é mesmo o primeiro a vir até cá.
O cometa 2I/Borisov, que nos visitou em 2019, nunca terá passado antes perto de uma estrela, o que o torna um dos cometas mais inalterados que já vimos, segundo as observações do Very Large Telescope (VLT), um dos telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile. Por essa razão, sem os efeitos de uma estrela sobre os materiais que o constituem, o 2I/Borisov é “uma relíquia intacta da nuvem de gás e poeira que lhe deu origem”, salienta o ESO em comunicado.
O 2I/Borisov deve o seu nome ao astrónomo amador que o descobriu a 30 de agosto de 2019, Gennady Borisov, da Crimeia. Algumas semanas mais tarde confirmou-se que vinha de fora do nosso sistema solar. Os cometas “convencionais” provêm de duas regiões nos confins do sistema solar — a cintura de Kuiper, para lá de Neptuno, e depois dela, a Nuvem de Oort.
Em dezembro de 2019, o 2I/Borisov atingia o ponto mais perto do Sol, ficando a 300 milhões de quilómetros da nossa estrela.
Encontrados indícios de um exoplaneta com água líquida
Exoplanetas | 15-10-2020
“Grande probabilidade de existir água líquida em planeta extra-solar” é a conclusão de uma investigação na qual participaram quatro astrónomos portugueses.
O estudo, publicado na revista Astronomy & Astrophysics, aponta para indícios de um planeta fora do nosso sistema solar com um grande oceano de água líquida, a orbitar uma estrela pouco mais velha do que o Sol.
João Faria, um dos investigadores da equipa, explica que há uma grande probabilidade de existir água líquida à superfície do planeta LHS 1140 b, situado na zona de habitabilidade da estrela LHS 1140, uma anã-vermelha a 41 anos-luz de distância da Terra, na direção da constelação da Baleia.
A água líquida é um elemento fundamental para a vida tal como se conhece. Por isso, este exoplaneta constitui “um dos melhores alvos para futuras pesquisas por biomarcadores”.
Para chegarem à conclusão de que o LHS 1140 b poderá ter a superfície coberta de água líquida, os astrónomos calcularam a densidade do planeta e caracterizaram a sua composição interna a partir de dados recolhidos pelo telescópio espacial TESS e pelo espectrógrafo ESPRESSO, no Chile.
“The stars will never be won by little minds; we must be big as space itself.” – Robert A. Heinlein