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A Páginas Tantas

Igualdade de género: as mensagens que são transmitidas às crianças

Quando uma jornalista da CNN perguntou a um grupo de alunos do 5.º e 6.º ano qual era a diferença entre rapazes e raparigas, a pergunta gerou algum desconforto.

Os alunos descontraíram-se um pouco quando explicou que não estava interessada nas diferenças físicas, mas apenas pretendia saber se havia outras diferenças entre meninos e meninas.

“Oh, isso faz mais sentido,” comentou um dos rapazes.

A jornalista perguntou: Quem é mais esperto? Quem participa mais nas aulas? Quem é melhor a educação física?

“Os rapazes metem-se em sarilhos com mais frequência, mas depende,” respondeu Simão, do 6.º ano.

“As raparigas, eu sei, gostam de usar maquilhagem, muitas delas, e os rapazes não,” afirmou Samuel, do 5.º ano.

“Na aula, há mais bisbilhotice entre as raparigas,” disse Lucas.

“Os rapazes são normalmente mais fortes e rápidos; isso é o que o meu irmão gosta de dizer,” acrescentou Fiona, também do 5.º ano.

À medida que respondiam, a jornalista constatava que os preconceitos já estavam em formação.

As crianças interiorizam não só as mensagens dos adultos, mas também o que veem na televisão, nos jogos de vídeo e nos filmes. Entre os 2 e os 6 anos, assimilam ideias preconcebidas sobre os brinquedos, as capacidades e as atividades que estão tradicionalmente associados a cada género; entre os 7 e os 10, começam a atribuir qualidades específicas a homens e mulheres, tais como considerarem os homens mais agressivos e as mulheres mais emotivas.

Os estereótipos de género são continuamente reforçados online, na televisão e nos jogos, nas canções e nos livros, desempenhando um papel significativo quando se ensina às crianças o que a sociedade espera delas.

Cartoon: Emilio Morales Ruiz


Exercícios

  1. Descobre as palavras ocultas na Sopa de Letras.

  2. Verifica a tua compreensão do texto com o quiz: verdadeiro ou falso?

  3. Encontra o caminho para o centro do labirinto.

“I raise up my voice — not so that I can shout, but so that those without a voice can be heard.” – Malala Yousafzai