Refugiados e migrantes
A nossa casa é o sítio onde estamos com as pessoas que amamos, comemos a nossa comida preferida, brincamos e dormimos numa cama quentinha.
Por vezes, há quem deixe as suas casas porque guerras, desastres naturais ou terrorismo fazem com que seja perigoso ficar — essas pessoas são chamadas “refugiados”. Outros saem em busca de uma vida mais feliz e mais saudável, para se reunirem com familiares que estão longe ou porque precisam de trabalho — as pessoas que escolhem fazer isto são chamadas “migrantes”.
Nem todos os migrantes deixam as suas casas por viverem na pobreza. São várias as razões que levam as pessoas a abandonar o seu país.
Alguns refugiados e migrantes são crianças que viajam com os pais ou com alguém responsável, mas todos os anos há dezenas de milhares de crianças que fazem longas viagens sem um adulto. Em geral, isso acontece porque são órfãs ou porque foram separadas dos pais, no caminho.
Se, no passado, te perdeste dos teus pais durante alguns minutos, sabes o quanto assustador é ficares sozinho. Para as crianças que estão sozinhas num país estranho é ainda mais difícil. Muitas vezes, não falam a língua nem têm onde dormir e sentem saudades da família e dos amigos.
Os refugiados e os migrantes viajam de países de todo o mundo. Alguns fogem devido ao terrorismo e à guerra. Outros saem do seu país pois as suas vidas estão em risco por serem quem são ou por aquilo em que acreditam.
Frequentemente, os refugiados e os migrantes vêm de países em desenvolvimento onde as pessoas não têm muito dinheiro, e onde a maioria das crianças não vai à escola. Por vezes, as suas casas foram destruídas por desastres naturais, como um furacão, um sismo ou uma cheia.
Se alguma vez mudaste de casa, sabes que é normal empacotar as coisas e levá-las connosco. Quando vais de férias, enches uma mala com a tua roupa e os teus objetos. Em geral, os refugiados deixam as suas casas à pressa e, por isso, não têm tempo para fazer a mala. Mesmo que tenham, não é fácil carregar malas pesadas ao longo de grandes distâncias. Alguns conseguem levar uma mala pequena consigo, mas podem perdê-la pelo caminho. A maioria não fica com nada que os lembre de casa.
Roberts, C. (2018). Refugiados e migrantes. Bertrand.