Início Ambiente Cidadania Prémios EFP Escola Livros Opinião Saúde Mais

EscolaPress

Jornal Escolar AE Muralhas do Minho | 2025-2026


De romances a reels: a transição da influência literária para a era digital

Lara Caldas, 10.º C | 14-10-2025

Ilustração: Camilla Garofano

A meu ver, antigamente os escritores e o ato da leitura tinham um papel muito importante na identidade de um povo, porém na atualidade existem outros meios que constroem mais facilmente a sociedade.

Eu penso que “somos o que lemos”, logo acho que quando consumimos certo conteúdo, de maneira inconsciente acabamos por adotar comportamentos e opiniões que derivam das ideias que nos foram apresentadas anteriormente.

Um exemplo notório na história de Portugal a respeito disso é as pessoas que apoiavam o Estado Novo. Desde muito novas, a jovem população portuguesa lia nos próprios manuais escolares que deviam adorar, concordar e respeitar Salazar e a Extrema Direita, sendo assim como as ideias eram apresentadas a essas crianças nos livros, acabavam por normalizar a Ditadura.

Por outro lado, na atualidade as pessoas têm cada vez mais reduzido o hábito da leitura, optando assim por ver séries, filmes ou apenas utilizar as redes sociais. Nesses casos a literatura não influencia a estrutura do pensamento nacional.

O exemplo mais atual que temos hoje em dia são as pessoas que pelas redes sociais acompanham os famosos “influencers”, muitos dos seguidores dos criadores de conteúdo são influenciados de tal forma que agem impulsivamente, comprando certas coisas ou adotando certos hábitos.

Concluindo, penso que, antigamente, a literatura influenciava sim o espírito crítico dos portugueses, mas atualmente a internet e as respetivas tecnologias influenciam muito mais do que um livro.

“We are all now connected by the Internet, like neurons in a giant brain.” – Stephen Hawking