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Jornal Escolar AE Muralhas do Minho | 2023-2024


Parlamento dos Jovens e democracia

Ísis Páris, 11.º A | 18-03-2024

As dinâmicas do Parlamento dos Jovens ensinam aos mais novos a empatia pelo outro e a honestidade, sugerindo mudanças no meio escolar que nos beneficiam a todos.

Imagem: Freepik

A política é um assunto que não podia ser mais atual, visto que as eleições se realizaram no passado fim de semana. Mas, que influência pode exercer o Parlamento de Jovens nas mentes juvenis que decidem participar?

Hoje em dia, poucos são os adolescentes que realmente têm conhecimentos sobre o assunto, porém, para uns, faltam apenas alguns anos, para outros, míseros meses, para atingirem a maioridade e, com esta, adquirir a capacidade de voto. Assim, é importante que saibam o que o futuro lhes reserva.

No Parlamento de Jovens, os que participam, e os que os ajudam, “fora das luzes da ribalta”, aprendem a identificar problemas que existem na escola, procurando soluções. É neste momento que os alunos ganham “voz”, tendo a oportunidade de marcar a diferença e de mudar algo, se as suas medidas forem aprovadas, nas diversas etapas.

O verbo “querer” demonstra a falta de algo, afinal, ninguém quer o que já tem e é por essa razão que os estudantes dos mais diversos distritos se encontram em Lisboa. Estes vão com três sonhos, ou melhor, três medidas que acreditam que irão melhorar as condições do ensino e, assim como eles lutam pelos ideais que gostavam de ver representados, também os adultos o deveriam fazer. Claro, eles não têm a opção de participar diretamente no Parlamento, a não ser que sejam políticos, porém, têm uma maneira mais fácil de o fazer: votar! É um facto que este ano houve muitos mais eleitores que decidiram levantar-se do sofá para ir às urnas e, por mais que isso seja um orgulho, também não deveria ser alvo de admiração, visto que o voto deveria ser uma obrigação.

No entanto, o problema é a impossibilidade de vislumbrar os resultados prometidos pelos mais diversos políticos e, por isso, o povo, principalmente os mais velhos, que sabem “o que a casa gasta”, decidem nem se dar ao trabalho. A culpa não é deles, é da incoerência daqueles que decidem representá-los, pois dizem uma coisa e fazem outra. É preciso melhores políticos, que cumpram o que devem, que tenham integridade de caráter e saibam sentir as necessidades dos outros, numa sociedade em que a honestidade não é valorizada, lutando por um Portugal melhor.

De facto, são esses os ensinamentos que o Parlamento dos Jovens passa aos mais novos, a empatia pelo outro e a honestidade, sugerindo mudanças no meio escolar que vão beneficiar todos, a escola e o país inteiro, não olhando para o “próprio umbigo”, além de ensinar como funciona uma campanha eleitoral, desde o processo de propostas até à contagem dos votos.

Em suma, tendo em conta a informação referida anteriormente, parece-me legítimo asseverar que o Parlamento dos Jovens é uma mais-valia no que toca a criar jovens que sabem o que lhes espera no futuro e que irão votar “com cabeça” naqueles que consideram dignos de os representar.

Contributos para uma escola mais participativa e democrática

“A society without democracy is a society of slaves and fools.” – Zaman Ali