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Jornal Escolar AE Muralhas do Minho | 2023-2024


Conseguirão os jovens transformar o mundo?

Letícia Figueira, 12.º A | 04-06-2024

As tendências atuais, na esfera política, demonstram a falta de consciência cívica e política de uma geração que prefere ignorar o passado.

Black Lives Matter. Emanuele Serra

Como jovem, e tendo em conta o conhecimento que tenho sobre outros jovens, penso que, apesar de terem o poder para, de facto, trazerem uma mudança ao mundo, eles não possuem consciência cívica e política para o fazer de um modo que seja favorável a todos.

Não querendo impor a minha opinião, considero que os jovens estão a tornar-se cada vez mais preconceituosos, começando a esquecer-se do passado e das horríveis ditaduras que o mundo conheceu, voltando a apoiar a extrema direita. Este facto, tendo em conta os mais pobres e as minorias, demonstra uma grande falta de consciência cívica e mesmo política, porque metade nem tem interesse em ler as propostas do seu próprio partido, votando apenas com base em ideias soltas, que ouviu durante a campanha ou num debate.

Em relação ao poder dos jovens, gostaria de referir dois pontos: temos facilidade de estabelecer comunicação com todos os cantos do mundo e conseguimos ser bastante persistentes quando queremos. A facilidade da comunicação, principalmente devido à internet, auxilia o começo de uma revolução global, tal como aconteceu na época do Black Lives Matter, do movimento MeToo ou mesmo agora, na tentativa de fazer algo em relação ao genocídio que está a ocorrer na Palestina.

Deixo aqui o meu apelo aos jovens: por favor, pensem no que vão dizer e fazer, e principalmente em quem vão votar, porque quem está no poder reflete as ideias do povo e, tendo em conta quem está no poder, começo a temer as ideias do povo.

“Every moment is an organizing opportunity, every person a potential activist, every minute a chance to change the world.” – Dolores Huerta