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Pequenos gestos de bondade que nos fazem sentir melhor

Ciência | 04-10-2024

A investigação demonstrou que os adultos subestimam o impacto dos atos aleatórios de bondade. Assumem que as suas ações não farão muita diferença. Mas os pequenos gestos de bondade têm um impacto maior do que se pensa.

Os investigadores Margaret Echelbarger e Nick Epley publicaram um estudo no Jornal de Psicologia Experimental onde descreveram uma experiência realizada com a intenção de descobrir se as crianças também desvalorizam a importância dos pequenos atos de bondade.

Lápis poderosos

A experiência teve lugar num museu de ciência e envolveu 101 crianças. Com o consentimento dos pais, os investigadores ofereceram-lhes dois lápis gratuitos com a marca do museu. Elas podiam levar os lápis para casa ou praticar um ato de bondade, permitindo que um dos lápis fosse oferecido a um estranho. A criança podia indicar a pessoa que o iria receber.

Antes de darem o lápis, os investigadores pediram às crianças que tentassem adivinhar a importância do seu gesto de bondade. A outra pessoa ficaria feliz? Ou o presente não pareceria nada de especial?

Muitas crianças tiveram dificuldade em adivinhar. Algumas disseram que gostariam de dar o seu lápis, mas não sabiam como a outra pessoa se sentiria ao recebê-lo.

Resultados felizes

Os destinatários ficaram contentes por receberem os lápis. De facto, ficaram muito mais felizes do que as crianças tinham previsto. Além disso, as crianças relataram sentir uma sensação de satisfação depois de terem praticado uma boa ação.

“Isto demonstra o poder destes pequenos atos de bondade aleatórios”, afirma Echelbarger. “É como se disséssemos: ‘Podias ter escolhido qualquer pessoa, mas escolheste-me a mim’.”

Fazer o bem sabe bem. Isto é verdade tanto para a criança que faz uma boa ação como para quem a recebe.

Echelbarger espera que o estudo encoraje as crianças a espalhar bondade, especialmente de formas que possam parecer pequenas ou sem importância. As pessoas normalmente apreciam quando alguém lhes diz olá, lhes segura uma porta ou lhes faz um elogio inesperado. O que gostamos de receber, também devemos dar.

Stone, L. (2024, September 26). Kindness counts. Time for Kids. https://www.timeforkids.com/