As medidas de gestão curricular permitem
o acesso ao currículo e às atividades de aprendizagem na sala
de aula através da diversificação e da combinação adequada de vários
métodos e estratégias de ensino.
Andrea Piacquadio / Pexels
As adaptações curriculares não
significativas – medidas seletivas – são medidas de gestão curricular
que não comprometem as aprendizagens previstas nos documentos
curriculares, podendo incluir adaptações ao nível dos objetivos e dos
conteúdos, através da alteração na sua priorização ou sequenciação, ou
na introdução de objetivos específicos que permitam atingir os objetivos
globais e as aprendizagens essenciais, de modo a desenvolver as
competências previstas no Perfil dos alunos à saída da escolaridade
obrigatória.
Tipos de adaptações curriculares não significativas
Priorização de áreas ou unidades de conteúdos
Sequencialização de conteúdos
Introdução de conteúdos intermédios
Alteração no tempo previsto para a realização das atividades
Alteração ao período para dominar determinados conteúdos
Modificação dos materiais.
Estratégias e metodologias
Organizar o espaço de trabalho do aluno, sempre que necessário
Eliminar os materiais desnecessários da mesa do aluno, para evitar
distrações
Utilizar checklists para ajudar o aluno a organizar-se
Disponibilizar ao aluno materiais que possibilitem a sua organização e
orientação no estudo
Dividir as áreas em segmentos de atividades mais pequenas
Apresentar a nova informação de forma cuidada
Facultar registos para o caderno diário
Facultar atempadamente a matriz dos teste de avaliação, em papel
Elaborar as fichas de avaliação com predominância de itens de resposta
fechada
Fomentar autoestima e autoconfiança
Propor estratégias de estudo e de memorização
Alteração ao nível de conteúdos e objetivos
Introdução de tarefas prévias que preparem o aluno para a aprendizagem
de novos conteúdos
Sequenciação da explicitação das atividades: explicar os passos que
devem ser seguidos para conseguir concluir uma tarefa; sequência de
passos, etc.
Introdução de atividades alternativas às mais complexas
Alteração no tempo previsto para a realização de uma atividade
Alteração nos métodos definidos para o ensino dos conteúdos curriculares
Introdução de atividades complementares que requeiram diferentes
competências e a consolidação de conteúdos já ministrados
Alteração do período de tempo para alcançar determinados objetivos
Introdução de objetivos de nível intermédio
Priorização de áreas ou unidades de conteúdos que garantam
funcionalidade e que sejam essenciais e instrumentais para as
aprendizagens posteriores
Priorização de objetivos que enfatizam capacidades e habilidades básicas
de atenção, participação e adaptabilidade do aluno
Supressão de objetivos e conteúdos secundários ou menos relevantes para
dar enfoque mais intensivo e prolongado a conteúdos considerados básicos
e essenciais para o alunos
No entanto, por vezes, há necessidade de se adotarem adaptações
curriculares significativas para ir ao encontro das necessidades dos
alunos que apresentam fatores graves ou severos que os impedem de
aprender. O que se pretende com a sua adoção é a procura de soluções
para as necessidades específicas do aluno.
Estas adaptações precisam de ser ajustadas ao seu perfil e introduzem
aprendizagens substitutivas, com o objetivo de promover a autonomia, o
desenvolvimento pessoal e o relacionamento interpessoal.
“The great aim of education is not knowledge but action.” – Herbert Spencer