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Jornal Escolar AE Muralhas do Minho | 2024-2025


500 Anos de Camões

Cronologia

Ilustração: Bruno Ferreira

1521
D. João III sobe ao trono, com 19 anos.

1524/25
Nasce Luís Vaz de Camões.

1525
D. João III casa com D. Catarina, infanta de Espanha.

1537/40
Luís de Camões estuda em Coimbra.

1541/42
Luís de Camões vive em Lisboa e frequenta a corte dos reis de Portugal. Escreve poemas que dedica a damas da corte.

1542-1552
Luís de Camões inicia a sua carreira militar. É ferido em Ceuta, onde perde o olho direito. Em Lisboa, envolve-se em brigas e é enviado de castigo para Constância.
De regresso a Lisboa, fere à espadeirada um servidor do palácio real e é preso.

1553
O rei concede-lhe uma carta de perdão.
Camões parte numa armada da carreira da Índia. Em Goa, embarca numa expedição à Costa do Malabar, comandada pelo vice-rei D. Afonso de Noronha.
Ao longo de 17 anos, no Oriente, escreve poemas, peças de teatro, muitas cartas e a epopeia Os Lusíadas.

1555
Luís de Camões participa numa expedição ao estreito de Meca, na entrada do mar Vermelho, ao cabo Guardafui, na costa oriental da África, e a Ormuz, no golfo Pérsico.
É representada a peça Filodemo de Camões, em casa de Francisco Barreto, por ocasião da sua nomeação como governador da Índia.

1556
Completa três anos de serviço militar, mas decide permanecer no Oriente.
Escreve textos humorísticos a troçar de figuras importantes na comunidade portuguesa de Goa.
É perseguido e preso por ordem do governador.
É nomeado Provedor-Mor dos Defuntos e Ausentes em Macau.

1557
Morre D. João III.
D. Sebastião sobe ao trono, com 3 anos.

1558
Sofre um naufrágio na foz do rio Mekong, ao regressar de Macau a Goa.
Perde todos os bens, exceto o manuscrito de Os Lusíadas.
Prossegue viagem e passa pelas ilhas Malucas e por Malaca.

DATA INCERTA
Luís de Camões desembarca em Goa, onde permanece 9 anos.
Os seus poemas são apreciados pelos intelectuais e pela nobreza.
Continua a fazer dívidas e é preso, pelo menos, duas vezes.
Cria laços de amizade com personalidades ilustres da época, como Garcia de Orta e Diogo do Couto.

1563
Camões publica pela primeira vez uma poesia, num dos livros do seu amigo Garcia de Orta.

1567
Luís de Camões decide voltar a Lisboa, na intenção de publicar Os Lusíadas.
Como não tem meios para pagar a viagem, faz um acordo com o capitão de Sofala, Pero Barreto Rolim, e parte para Moçambique, onde fica retido durante dois anos, por não conseguir saldar a dívida.

1568
D. Sebastião assume o governo, com 14 anos.

1569
Diogo do Couto desembarca em Moçambique e apercebe-se da situação em que Camões se encontra. Alguns nobres decidem ajudá-lo, pagam-lhe as dívidas e a viagem para Lisboa.

1570
Quando chega a Cascais, fica um mês na nau Santa Clara devido a uma peste que levou ao confinamento da cidade.
Tenta publicar Os Lusíadas, mas tem dificuldades em encontrar editor e mecenas. Faz a leitura de Os Lusíadas em voz alta diante do rei e da corte, no Palácio da Vila, em Sintra.

1571
O texto de Os Lusíadas é apresentado aos censores do Tribunal da Inquisição. O censor frei Bartolomeu Ferreira escreve um parecer favorável à publicação.

1572
Os Lusíadas são impressos pela primeira vez, na tipografia de António Gonçalves, em Lisboa. O rei D. Sebastião concede a Camões uma tença de 15.000 reis, como recompensa pelo livro que escrevera e pelos serviços prestados na índia.
A quantia é insuficiente e continua a viver na pobreza.

1576
Luís de Camões publica uma elegia e um soneto, num livro de um amigo, Pêro de Magalhães Gândavo.

1578
Morre D. Sebastião, com 24 anos.
O Cardeal Rei D. Henrique sobe ao trono, com 66 anos.

1580
Morre Luís Vaz de Camões e é sepultado na igreja do convento de Sant’Anna, em Lisboa.

1581
Filipe II de Espanha sobe ao trono de Portugal.

1595
Publicação da primeira compilação da poesia lírica de Camões, com o título Rimas.

1598
Reedição da obra Rimas.

1880
Transladação dos restos mortais de Camões para o Mosteiro dos Jerónimos.

Fonte: Magalhães, A. M. & Alçada, I. (2024). Luís Vaz de Camões: um poeta genial. INCM – Imprensa Nacional Casa da Moeda.

“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.” – Fernando Pessoa