Jornal Escolar AE Muralhas do Minho | 2024-2025
Ser professor: uma experiência de altos e baixos
Lara Barreiro e Marisa Dias, 12.º A | 26-03-2025
Duas alunas do 12.º ano relatam a sua experiência efémera como professoras.
No passado mês de janeiro, foi-nos dada a oportunidade de ajudar e guiar uma turma de décimo ano no projeto “Miúdos a Votos!”. Aceitamos sem qualquer hesitação e bem… foi de todo uma experiência! Nas primeiras aulas, notávamos um certo interesse pelo tema por parte dos alunos; no entanto, ao longo do tempo, o entusiasmo foi regredindo. De seguida, relatamos a experiência de cada uma.
Relato 1: Lara Barreiro
Ser professora durante este tempo foi algo diferente e interessante. É fácil? Não, não é. Na verdade, é difícil fazer com que os alunos fiquem atentos e sem sobrepor conversas. O que realmente é preciso ter como professora, além da sabedoria, é paciência. Paciência para conseguir controlá-los, paciência para explicar a mesma coisa de várias formas e paciência para perceber o que nos querem transmitir e não conseguem. No final de contas, acho que ambos os grupos fizeram um excelente trabalho e fico extremamente feliz por ter conseguido ajudá-los.
Relato 2: Marisa Dias
Apesar de tudo, penso que foi uma experiência bastante enriquecedora que serviu, sem qualquer sombra de dúvida, para perceber que trabalhar com jovens não é de todo o meu sonho. Foi muito interessante colocar-me na pele de um professor e compreender, também, “o outro lado da história”, ou seja, perceber que não é só difícil para nós, como também para eles… Admiro muito o esforço e a tolerância exemplar que revelam, pois agora percebo que nem sempre é fácil. Sinto-me grata por nos ter sido dada esta oportunidade.
Contextualização
Depois de quase um mês e meio de trabalho, chegou o dia da apresentação: 25 de fevereiro. Ambos os grupos estiveram muito bem, apesar de alguns lapsos, que acabaram por se justificar pelo nervosismo. O auditório estava quase cheio e durante a hora que lá estivemos, foi um turbilhão de emoções. Tanto por nós, por querermos que o grupo que nos foi atribuído ganhasse, como para os ouvintes, que acabaram por captar imensa atenção e exaltação com o debate final. Por fim, com o debate dado por encerrado, as turmas foram abandonando o auditório. Um dos grupos ficou mais entusiasmado do que o outro, com as expetativas muito firmes e com as emoções a falarem mais alto.
Passaram-se cerca de duas semanas até o dia da votação: 12 de março. O ambiente e a exaltação dos dois grupos permaneciam constantes.
Estava muito movimento no polivalente e uma fila que parecia nunca mais ter fim. Todos os participantes estavam desejosos por saber, de uma vez por todas, qual teria sido o livro escolhido. Umas horas depois, chegou-nos a informação que o livro vencedor foi Verity de Colleen Hoover! O grupo em questão ficou, naturalmente, deliciado ao saber, uma vez que a apresentação não tinha sido do seu total agrado.
E assim se encerrou mais uma experiência, tanto para nós como para os alunos do 10.º ano! Agora resta-nos desejar que daqui a um tempo olhem para trás e fiquem muito orgulhosos do trabalho que fizeram e de toda a dedicação que puseram na causa.
“The worst enemy of life, freedom and the common decencies is total anarchy; their second worst enemy is total efficiency.” – Aldous Huxley