Jornal Escolar AE Muralhas do Minho | 2024-2025
A história da trapicheira Gusta e da sua filha Rosinha
Aires Ribeiro, Carlos Alves e David Silva, 11.º C | 12-05-2025
A trapicheira foi uma figura emblemática, típica e original de Valença, que recorda as memórias da fronteira, do trapiche, do contrabando de fronteira e da luta pela sobrevivência.
Do outro lado do Rio Minho, bem cedo, pelas seis da manhã, começava a rotina da Gusta Trapicheira e da filha, Rosinha. Aqueciam o pouco leite, vestiam a roupa e guardavam no avental (mandrana) o passaporte raiano e outros segredos. A Rosinha também queria vestir um e a Mãe pergunta-lhe para quê...? Esta respondeu: que guardaria estrelas, flores e coisas do mundo nele...
O estado de tempo, bom ou mau, não impede a Gusta Trapicheira de levar a sua tarefa com coragem até ao fim. Após longo caminho vai à Rua Direita, dirige-se à D. Emília, abastece a mandrana de ovos e café. Sem esquecer o pedido à Nossa Sr.ª da Guia, para lhe dar um bom caminho de ida e regresso.
O Sr. Reinaldo tenta fazer o seu trabalho de Guarda de Fiscal, mas Gusta tem que ir à revistadeira, contando-lhe histórias do destino para a distrair.
Gusta ensina as façanhas do trapiche à sua filha durante a viagem...
Na fronteira, perante o Carabineiro, chora para o comover e a deixar passar.
Gusta volta de Tui, Espanha, repleta de pescada, chocolate e pão, cumprindo mais uma tarefa diária de trapicheio para sustento da casa.
As professoras Célia Pereira e Catarina Domingues orientaram os alunos no reconto e ilustração da história.
“Don’t wait for inspiration. It comes while working.” – Henri Matisse