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Jornal Escolar AE Muralhas do Minho | 2024-2025


Poemas que encantam

Maria Luísa Lages | 03-06-2025

No âmbito do estudo do texto poético, três alunos do 8.º ano redigiram os poemas que aqui publicamos.

Sou abraço

Tiago Araújo, 8.° B

Sou abraço bem apertado,
Sou sorriso de verdade,
Sou olhar apaixonado,
Sou paixão e amizade.

Sou quem cuida com carinho,
Gosto muito de ajudar,
Gosto de andar juntinho,
E sempre de abraçar.

Fico triste ao ver chorar,
Gosto muito de estar,
Ao lado de quem me sabe apreciar.

Sou o AMOR a crescer,
Estou cá para te aquecer,
E contigo quero ser.

Sou luz

Inês Creio, 8.° B

Sou luz que desperta logo de manhã,
Nos teus dedos vivos sou companhia.
Levo-te ao mundo, de perto ou de lã,
Num toque revelo a noite e o dia.

Sou voz e imagem, sou som e mensagem,
Sou pausa no tédio, tempo a correr.
Em mim tu confias, sem ter coragem
De um dia sequer me esquecer ou perder.

Risos, segredos, chamadas perdidas,
Sou parte de ti, em todas as vidas,
Teu vício, tua fuga, teu movimento.

Sou telemóvel, fiel e presente,
Sou tudo e sou nada, sou dependente,
Espelho do mundo num só instrumento.

Alma companheira

Janaína Costa, 8.º A

Os olhos dela são verdes, cheios de luz,
Como folhas ao sol numa tarde calma.
Quando me olha, parece que me conduz
A um lugar seguro dentro da alma.

Tem a altura certa, nem mais nem menos,
E anda como quem dança devagar.
Nos dias tristes, com gestos pequenos,
Ela consegue sempre me animar.

O cabelo escuro cai com leveza,
E o silêncio diz tanto assim.
É como um segredo cheio de beleza,
Que guardo comigo até ao fim.

Se ela soubesse o quanto me faz bem, diria:
“És o melhor que alguém tem”.

Estou em todo o lugar

João Nunes, 8.º A

Estou em todo o lugar
Faço uma sombra
De vários sou o lar
Vários lutam pela minha honra.

Posso ser alta ou pequena
De várias cores sou enfeitada
Faço brisas serenas
Mas muitas vezes sou magoada.

Faço parte de um pomar
Ou de uma floresta de encantar
E nós verões vos refrescar

Para vos encantar flores
Apresento-lhe sou a árvore
E com flores gerei amores.

João Nunes, 8.º A

A solidão há de vir
Ao tentar rir
Mesmo que tentes
Não ficas contente

Prender-se às lágrimas
Sem pedir um, mas,
Quando o espírito desiste,
O ciclo resiste.

Luz e escuridão

João Nunes, 8.º A

Existe luz na escuridão
Devido ao perdão
Mesmo sem ver
Somos bons no fundo do ser

Num equilíbrio delicado
Entre o bom e o mal
Quando o fogo está apagado
Ninguém vence afinal

Neste mundo Injusto
Com mentes diferentes
A chama arde quente

Se um equilíbrio prevalecer
O mundo vai vencer
Mas até lá, esperar.

“Poetry is when an emotion has found its thought and the thought has found words.” – Robert Frost