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Jornal Escolar AE Muralhas do Minho | 2024-2025


Uma pátria feita de palavras: o que caberia na tua ‘mala da saudade’?

Mundo | 26-05-2025

No artigo ‘Uma pátria feita de palavras’: o léxico da deslocação em Gaza, Fatima Skaik fala sobre o que significa ser um exilado na própria pátria. A experiência do exílio, no entanto, não é algo de estranho para muitos dos nossos alunos.

The suitcase, Daniela Sosa.

Na primeira semana de maio, foi proposto às turmas a leitura de um texto sobre Gaza. Nele, a autora refere que «cada deslocado tem uma ‘mala da saudade’, medida não pelo seu tamanho, mas pelo peso dos seus símbolos: uma fotografia, uma conta de oração, um livro, um lenço, um perfume antigo. São pequenas coisas que não salvam o corpo, mas salvam a memória.»

Quisemos saber o que transportariam os nossos alunos na sua ‘mala da saudade’, ou o que, de facto, transportam consigo sempre que têm que se deslocar.

A Cassandra, a Isabella Bellunghi e dois outros jovens que não quiseram identificar-se deixam-nos aqui o seu testemunho:

«Eu transportaria uma música que me faz lembrar bons momentos, um presente que alguém especial me deu, fotos das pessoas de quem eu gosto, uma carta escrita com palavras que me fizeram sentir amada.» - Cassandra

«Eu levaria as pessoas mais importantes para mim, as quais sempre me apoiaram, estiveram para mim em tudo... meus pais. Também levaria uma receita ou comida típica do meu país, que me faz lembrar de casa e, por último, músicas que levo no meu coração e sempre me fazem sentir bem e perto da minha terra.» - Isabella Bellunghi

«Na minha mala da saudade, eu ia trazer meus amigos.»

«Na minha mala da saudade, eu levaria fotografias, perfumes e livros que a minha mãe me deu.»

“We live in the age of the refugee, the age of the exile.” – Ariel Dorfman