Click

Jornal Escolar AE Muralhas do Minho | 2024-2025

---

Eterna Europa

Tiago Barbosa e Tiago Conde, 12.º A | 12-02-2025

A Europa, ao longo dos séculos, tem sofrido muitas alterações, inovações e revoluções. Fernando Pessoa, no poema “O dos Castelos” referiu que a Europa é “o futuro do passado”, ou o futuro do presente, como descreve Sara Fardilhas no seu texto “Portugal na UE”.

No passado, a Europa dominou o mundo, atualmente nem a si própria consegue governar. Podemos olhar para o início do séc XX, época em que Fernando Pessoa viveu, marcada por muita instabilidade política, com quebras drásticas a nível económico, do orgulho nacional e europeu, marcada por guerras, golpes de estado e pobreza generalizada, a Europa do passado certamente não era “o futuro do passado” aos olhos de hoje.

Depois destes acontecimentos trágicos, surgiu um novo herói na Europa, em forma de uma organização, a União Europeia (UE). Esta veio desenvolver o livre comércio entre os países europeus, e ajudou a criar democracias mais justas, tal como nos é dito pela Sara.

Sem dúvida a entrada na antiga CEE foi um grande feito para Portugal. Hoje em dia, podemos dizer que fazemos parte de uma comunidade económica e cultural equitativa, onde as oportunidades florescem. Para os mais jovens, o Erasmus+ foi sem dúvida uma mais-valia, tal como diz a Sara:

“Em março de 2018 tive o privilégio de participar pela primeira vez num projeto Erasmus + onde consegui adquirir conhecimentos culturais e, acima de tudo, criei memórias únicas e vivi momentos muito gratificantes.”

Nos dias que correm, tudo isto tem-se refletido nos avanços que estão a acontecer no nosso país, mas estamos muito longe de ser o país que vai ser o futuro do nosso presente ou o líder da Europa, como descrito por Pessoa no poema “O dos Castelos”:

“O rosto com que fita é Portugal”.

Hoje em dia, não é nem deve ser um único país que “fita” o futuro e o horizonte, devemos ser todos, a cada dia e ano que passa devemos de evoluir para uma sociedade mais unida, temos de deixar de lado os nacionalismos que nos traz Pessoa e esta mentalidade do séc XX, a Europa é de todos e para todos, e só assim conseguiremos ter um futuro próspero, tal como sentimos nós hoje em dia, e a nossa cara colega Sara Fardilhas.